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Substituto de Jon Watts em Quarteto Fantástico pode estar em Doutor Estranho 2

Estamos na época do lançamento de Doutor Estranho no Multiverso da Loucura, mas o anunciado filme do Quarteto Fantástico sofreu uma baixa nos últimos dias após a notícia de que Jon Watts, o diretor dos três últimos filmes do Homem-Aranha, está deixando o projeto. Isso se deu através de comunicados bem protocolares e amistosos, ressaltando o prazer do trabalho em conjunto e deixando as portas abertas entre Watts e Marvel Studios para novas colaborações.

Isso é um tanto óbvio, uma vez que os filmes dirigidos por ele arrecadaram cerca de US$ 4 bilhões em bilheteria (uma pena, para a Disney, que a maior parte desse montante tenha ido para a Sony, dona dos direitos do personagem nos cinemas). Além disso, o cineasta se mostrou um daqueles profissionais com o perfil perfeito para trabalhar com Kevin Feige: sabe responder às demandas do estúdio ao mesmo tempo que consegue agradar ao grande público.

Só que, indo um pouco além desse papo corporativista, é preciso dizer que Jon Watts não apresentou em momento algum um trabalho de encher os olhos. Seu grande mérito foi conseguir entregar o Homem-Aranha mais jovem, onde temos Peter Parker transitando no ambiente estudantil – prato cheio para descobertas adolescentes. Foi nessa proposta que ele conseguiu se inspirar bastante nas comédias de John Hughies como Curtindo a Vida Adoidado e Clube dos Cinco.

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Fora isso, nada demais. Suas cenas de ação não enchem os olhos e, visualmente falando (quando tratamos do herói em si) seus recursos soam um tanto pasteurizados, como se a equipe de efeitos especiais precisasse ser mais acionada do que o necessário. Pode não ser culpa dele, mas foi o resultado final. Então afirmo com tranquilidade que a saída de Jon Watts do projeto do Quarteto Fantástico é um acerto da Marvel.

A partir de agora, cuidado com os spoilers de Doutor Estranho no Multiverso da Loucura

Quem poderia ser o novo diretor de Quarteto Fantástico?

Dentre as milhares de expectativas para o mais recente filme da Marvel Studios, Doutor Estranho no Multiverso da Loucura, incluindo aí o Homem de Ferro Superior, o Homem-Aranha de Tobey Maguire (ambos não rolaram), um ótimo fan service foi a aparição de Reed Richards na pele de John Krasinski. O líder do Quarteto Fantástico participa como um dos Illuminati, super grupo da Marvel Comics que atua para conter ameaças ao multiverso –

Voltando a Krasinski, sua participação foi curta mas bastante sugestiva. Além de vermos o herói devidamente trajado, o roteiro faz questão de lembrar que o personagem possui esposa e filhos, valorizando ainda mais a sua presença em tela. A impressão que fica é a de que a Marvel Studios fez isso não apenas pelo fan service, mas também para reforçar que deseja contar com um Quarteto Fantástico a partir desta formação, com Krasinski.

Parece algo difícil? Nem um pouco. A Marvel parece ter aprendido a dar a devida liberdade a cineastas de talento, se levarmos em conta o excelente trabalho de Sam Raimi em Doutor Estranho no Multiverso da Loucura. E John Krasinski mostrou grande potencial após ter feito o que fez com Um Lugar Silencioso (2018). O terror/suspense, aliás, parece ter servido perfeitamente como um estágio para que ele assumisse a cadeira de diretor: além de atuar como um dos protagonistas e dirigir (como diria o meme: “tu é o bichão mesmo heim, doido?), a trama lida com seres fantasiosos e, principalmente, a importância da família. Quer mais quarteto que isso?

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Lembrando que dirigir e atuar no mesmo filme não é nenhuma novidade no MCU. Lá no começo, com Homem de Ferro (2008), Happy Hogan já era interpretado pelo diretor do filme, Jon Favreau. Assim como Taika Waititi, em Thor: Ragnarok (2017), deu emprego a si mesmo interpretando Korg – com presença confirmada para o vindouro Thor: Amor e Trovão.

Sendo assim, nada mais justo que a parceria entre John Krasinski e Marvel Studios seja através de um contrato que consista em viver um dos protagonistas e dirigir o filme, fazendo o que o ator (e agora cineasta) revelado na excelente série The Office (a dos EUA) sabe melhor.

E como fica Jon Watts?

Para Jon Watts, fica o invejável currículo de ter dirigido três longas de muito sucesso, feito que certamente lhe dará respaldo para conduzir qualquer projeto que tenha desejo de por para frente – e se desenvolver ainda mais na indústria do cinema.

Todos saem ganhando.