3ª temporada de Westworld estreia no próximo domingo, dia 15 de março; listamos alguns motivos para você assistir a série da HBO
Westworld não é uma série fácil. Criada por Jonathan Nolan (o irmão do Christopher) e Lisa Joy, a produção da HBO em suas duas primeiras temporadas convida o espectador a pensar, apresentando um futuro onde humanos frequentam parques temáticos em que os anfitriões são máquinas (idênticas aos humanos) programadas para desempenhar sempre os mesmos papéis. O que eles não contavam era que algumas dessas máquinas poderiam algum dia tomar consciência de sua existência, voltando-se contra seus criadores.
O que parece uma premissa simples ganha uma trama complexa, que exige do espectador muito raciocínio para montar as peças do quebra-cabeças. Muitos desistem pelo caminho, mas os que abraçam a empreitada logo se veem recompensados por uma série repleta de ótimos personagens e background digno de grandes obras de ficção científica.
O pior do ser humano está em Westworld
Imagine um lugar onde podemos fazer o que quiser sem sermos julgados por isso. O parque de Westworld é criado com essa proposta, o que pode gerar algumas reflexões. Do mesmo jeito em que dentro do parque podemos bancar o herói e salvar alguém em perigo, nesse universo é possível que você também desperte o seu pior lado, estuprando e matando os anfitriões presentes ali para a sua total “diversão”.
No fundo, a ideia do parque revela um lugar permissivo onde podemos atender os desejos mais obscuros de nossas mentes. Quem seria você em um contexto assim? Violentar alguém lhe daria prazer e seria uma alternativa? Experimentaria matar por ser permitido? Questões como essas nos fazem refletir sobre a natureza do homem, mostrando que a série pode ir muito além do mero entretenimento.
Capacidade de sentir
Obras de ficção científica como Blade Runner foram brilhantes em revelar como o ser humano também pode ser frio e cruel. Para isso, apresenta os replicantes, criações desenvolvidas pelo homem que ironicamente mostram muito mais humanidade que seus próprios criadores.
Em Westworld, o tema também é abordado, fazendo dos anfitriões do futurístico parque complexas figuras que, ao tomar consciência de si, revelam um olhar muito mais valoroso sobre a vida. Apesar de, por instinto de sobrevivência, precisarem entrar em enfrentamento com quem os idealizou.
Em contrapartida, personagens como o Dr. Robert Ford (Anthony Hopkins) e o Homem de Preto (Ed Harris) parecem não esboçar nenhuma empatia pelos anfitriões (máquinas) de Westworld. Mesmo tais anfitriões sendo cópias que reproduzem o homem à sua imagem e semelhança – revelando também capacidade de sentir –, muitos dos humanos retratados na série os oprimem e são capazes de descartá-los sem o menor remorso. Outro elemento que funciona como uma crítica à humanidade e é bem recorrente na produção.
Homens x Máquinas
A história de Westworld caminha para um grande embate entre homens e máquinas. O cinema já explorou muito esse cenário, mas é sempre bom acompanhar uma trama bem desenvolvida com esse tipo de abordagem. Especialmente em uma série que não apela apenas para a ação e traz um enredo de fato inteligente, digno do gênero de ficção científica.
Com muito o que explorar em seu roteiro, Westworld chega à terceira temporada cercada de expectativas. Pode servir ainda como chamariz para novos espectadores a adição de Aaron Paul (Breaking Bad) em seu elenco – assim como do ator francês Vincent Cassel (Cisne Negro). Novos nomes à parte, fica a expectativa para que a série mantenha seu padrão de qualidade.
A terceira temporada de Westworld estreia dia 15 de março, às 22h, na HBO.
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