Com muita aventura, amizade e alegria, Super Mario Bros. – O Filme possui atributos dignos que uma boa obra sessão da tarde precisa ter, o que é algo raro quando tratamos de adaptações dos jogos de videogame para o cinema. Confira nossa crítica sem spoilers!
Na trama, Mario é um encanador qualquer no bairro de Brooklyn junto com seu irmão, Luigi. Um dia, eles vão para no reino dos cogumelos, governado pela Princesa Peach, mas ameaçado pelo rei dos Koopas, Bowser, que vai fazer de tudo para conseguir reinar todos os lugares. É então quando Luigi é raptado por Bowser, que o usa para procurar Mario, o único capaz de deter o Koopa e reestabelecer a paz. Mario terá que aprender como viver nesse novo reino perigoso, passando por vários biomas, aprender a dirigir carros, utilizar itens que o fazem soltar bolas de fogo das mãos, virar um animal e andar em plataformas nada confiáveis. Também estará acompanhados de amigos, como Toad e Donkey Kong.
O filme já começa com Bowser conquistando a superestrela junto aos seus Koopas, Sky Koopas e Kamek usando todo aquele arquétipo de hierarquia que conhecemos em narrativas medievais com soldados, magos/conselheiros e rei. De cara já somos conquistados pelos pinguins do Reino Gelado e pela personalidade de Bowser.
Mudando o foco para os nossos protagonistas, somos levados ao Brooklyn, em Nova Iorque, onde acompanhamos a tentativa dos irmãos Mario e Luigi em se tornarem encanadores profissionais, com direito a boas risadas ao assistirmos o comercial incrível criado para a divulgação do trabalho dos Super Mario Bros. Até aí, vamos acompanhando a construção da relação dos irmãos, além de percebermos como a família de origem italiana lida com os sonhos dos dois ou como a pressão externa de outras pessoas também atrapalha o desenvolvimento de ambos.
Com mais uma tentativa frustrada de ajudar, Mario e Luigi sofrem um pequeno acidente nos esgotos do Brooklyn e param num lugar que parece não ser visitado há décadas. É lá onde tudo começa e um cano verde os suga. Os irmãos são então separados e cada um cai numa dimensão diferente: Luigi no Reino das Sombras, dominado por Bowser; e Mario no Reino Cogumelo, regido pela princesa Peach.
Pega a jornada do herói e vai!
Sinceramente? Animação do ano! E olha que quem gosta da franquia de jogos tem uma expectativa enorme!!! Além disso, a dublagem brasileira dá vida aos personagens de forma genial! Raphael Rossatto (Mario), Manolo Rey (Luigi), Carina Eiras (Princesa Peach), Márcio Dondi (Bowser) e Eduardo Drummond (Toad) trouxeram ótimas adaptações para as piadas, que acompanham a personalidade de cada personagem. Garantia de que a criançada e os fãs nostalgia 30+ encontrarão momentos para boas risadas como quando temos um gostinho de “Luigi’s Mansion” nas cenas com os Dry Bones e os Shy Guys, em certas falas cômicas de Toad ou de um ser extremamente depressivo que está na prisão do castelo de Bowser, que inclusive, é o vilão mais gostoso de acompanhar até o momento, com direito a cenas musicais muito boas.
A trilha sonora está absurdamente boa. Desde música dos anos 1970 e 1980 com referências aos momentos específicos dos personagens até as trilhas originas conhecidas e eternizadas pelo jogo. O visual traz frescor com cores vivas e muito movimento, o que me fez pensar na trabalheira que foi deixar aquilo tão bem executado.
Aliás, temos uma princesa Peach que não é nada indefesa e que desce a porrada na hora do vamos ver. E é com reviravolta atrás de reviravolta e conectando todos que viajamos por Super Mario Bros. 1, 2 e 3, Super Mario Odissey, Super Mario Kart, Luigi’s Mansion, Donkey Kong 1 e 2, além de referências que a Nintendo colocou de alguns jogos da era pixelada no filme.
Super Mario Bros. – O Filme é programa bom para ver com os (as/es) filhos (as/es), as paqueras, sozinho(a/e) ou com quem quer que seja. Como disse no começo: tem amizade, aventura e alegria! A chave do sucesso.
Outro recadinho é: se você chegou até aqui, saiba que temos duas cenas extras maravilhosas neste filme que você precisa e deve assistir.