Através de uma viagem pelo mundo da pirotecnia, Poetas do Céu, dirigido por Emilio Maillé, pretende descobrir as manifestações mais particulares desta arte e de quem a pratica. Assim, o documentário centra-se nos criadores mais relevantes desta arte e no seu processo criativo e emocional.
O filme que estreia no dia 28 de julho, com exclusividade no Petra Belas Artes, retrata a paixão e a emoção que unem estes artistas enquanto descobre as singularidades das festas condicionadas por uma realidade histórica, cultural, econômica, social e política. Poetas do Céu é dividido em três vertentes que misturaram o religioso e o pagão e que abrangem os conceitos de “Nascimento”, “Crescimento” e “Morte”. O filme procura transportar o espectador inconscientemente para uma reflexão sobre a vida. Aquela em que o céu é assimilado a uma tela de cinema e onde os fogos de artifício se tornam suas imagens.
NOTA DO DIRETOR
A ideia deste documentário surge da necessidade de mostrar não só luzes incríveis que iluminam momentaneamente o céu, mas também as vidas e realidades de quem as cria. Em todo o mundo, fogos de artifício encerram festivais, alguns motivados por motivos religiosos e outros apenas por causa das festividades. A pólvora que misturada com produtos químicos inovadores ilumina o céu por alguns segundos, é capaz de arrancar sorrisos e aplausos do público.
Uma bela onomatopeia pelo mundo, acompanhada por diferentes sotaques e sons, provando que todos podemos obedecer à mesma paixão.
Poetas do Céu enfoca a dimensão humana das festas de rua; tentando encontrar no caminho lugares comuns entre públicos tão estranhos entre si. E, por sua vez, dá o merecido reconhecimento a quem dedica a sua vida a criar uma magia de luzes que nos move a todos.
LOCAÇÕES
CHINA
O berço da pólvora negra. Foi por volta do século VIII que a pólvora foi produzida pela primeira vez na China. Surgiu do enxofre, salitre e carvão. Dezesseis séculos depois, os chineses ainda se dedicam a esse fogo sem chama. Eles também são os principais produtores e exportadores de fogos de artifício.
O grande mestre: Cai Guo-Qiantm um artista plástico reconhecido internacionalmente, para quem a pólvora é um de seus instrumentos preferidos. Vamos acompanhá-lo na preparação e execução de suas criações para as comemorações do Ano Novo Chinês.
MÉXICO
Explosão caótica. O México vive o ritmo das festas de rua ao longo do ano, a maioria de caráter religioso, algumas meramente locais. Estas festas são organizadas em cada pequena cidade para celebrar o santo padroeiro de cada região. No México, não há festa sem brilho noturno.
Tultepec é a capital mexicana dos fogos de artifício, já que mais da metade da pirotecnia do país é produzida lá.
O grande mestre mexicano é Pedro Miron, que compete no concurso de fogos de artifício mais impressionante do México.
Por mais de seis horas, acompanhadas por grandes estruturas de madeira, papel machê de todas as cores e juncos, mais de quatro mil fogos de artifício são lançados para iluminar o céu de Tultepec.
JAPÃO
Hanabi ou as flores de fogo. A pólvora era exclusiva do arquipélago asiático durante a era Mejii (1868-1912). Desde então, a arte da pirotecnia progrediu através dos esforços de técnicos, chamados no Japão de Hannabishi.
O grande professor: Aoki akio, que é o grande sucessor do antigo Hanabashi. Vamos acompanhá-lo em sua preparação para Sumida em Tóquio, onde mais de 2.000 foguetes são lançados no último sábado de julho, para o deleite de mais de um milhão de espectadores.
FRANÇA
O primeiro grande show de fogos de artifício na França aconteceu em 1612, por ocasião do casamento do rei Luís XIII e Ana da Áustria. O sucesso foi tanto que a partir daquele momento foram considerados um símbolo de vitória e celebração para todos os acontecimentos históricos.
Os grandes mestres são, pelo terceiro ano consecutivo, o Grupo F, liderado por Christophe Berthonneau, e que se encarrega de iluminar os monumentos mais famosos no dia 14 de julho em Paris. Eles são lançados do Trocadero ao pé da Torre Eiffel. Abraçado pelas chamas, o monumento torna-se a tela para um evento de novas experiências pirotécnicas.
BRASIL
Os fogos de artifício mais impressionantes, tradições tentadoras e um cenário imbatível nas mais belas praias do Brasil fazem do Revellion um dos eventos mais espetaculares que anunciam a chegada do ano novo.
Como muitos outros festivais no Brasil, o Revellion é uma mistura eclética de religião, tradições, superstições e festa (Carioca para festa). O show leva o nome de superstições
Africanos que nunca terminam de evoluir. Este evento oferece a todos os participantes uma das maiores exibições de fogos de artifício.
ESPANHA
Las Fallas é uma tradição celebrada em honra de San José na cidade de Valência. O termo refere-se tanto à celebração quanto à queima de monumentos que ocorre durante a mesma.
Cada bairro da cidade tem um grupo designado, Casal Faller, que é responsável pela organização de eventos, geralmente ligados à comida tradicional espanhola, para angariar fundos, para a construção das fallas
CUBA
Santeria em Cuba é a religião que mistura as origens africanas com a religião católica.
No mês de fevereiro, celebra-se Santa Bárbara, padroeira do foguete. É uma celebração poderosa, onde bateria e emoção serão a introdução ao mundo da pirotecnia.
Poetas do Céu é uma distribuição da Pandora Filmes