“BABENCO – Alguém tem que ouvir o coração e dizer: Parou”, de Bárbara Paz, conquistou o Prêmio da Crítica Independente no 76º Festival Internacional de Cinema de Veneza. O filme é produzido por Bárbara Paz, Myra Babenco e os irmãos Caio Gullane e Fabiano Gullane.
Para Bárbara a justificativa do júri (“porque o cinema está filmando a memória, porque o cinema está contando a história daqueles que vivem, daqueles que viveram, porque o cinema está comemorando o amor, porque o cinema é amor”) representa o que ela pensa do filme e do cinema: “Eles entenderam tudo isso e estou muito emocionada. O cinema é amor”, comenta a diretora.
O documentário traça um paralelo entre a arte e a doença de Babenco. O filme revela medos e ansiedades, mas também memórias, reflexões e fabulações, num confronto entre vigor intelectual e a fragilidade física que marcou sua vida.
“Eu já vivi minha morte, agora só falta fazer um filme sobre ela” – disse o cineasta Hector Babenco a Bárbara Paz, ao perceber que não lhe restava muito tempo de vida. Ela aceitou a missão e realizou o último desejo do companheiro: ser protagonista de sua própria morte.
Nesta imersão amorosa na vida do cineasta, ele se desnuda, consciente, em situações íntimas e dolorosas. Revela medos e ansiedades, mas também memórias, reflexões e fabulações, num confronto entre vigor intelectual e fragilidade física que marcou sua vida.
Do primeiro câncer, aos 38 até a morte, aos 70 anos, Babenco fez do cinema remédio e alimento para continuar vivendo. Tell me when I die é o primeiro filme de Bárbara Paz mas, também, de certa forma, a última obra de Hector – um filme sobre filmar para não morrer jamais.
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