Midnight Heist Midnight Heist

Midnight Heist: Ladrão que rouba ladrão merece ser atazanado pelo cão?

Está procurando um jogo despretensioso que pode tanto te divertir quanto te deixar apreensivo, podendo ser jogado sozinho ou em cooperativo com até quatro jogadores? Pois bem, esse pode ser o Midnight Heist. Testamos a versão de acesso antecipado do game, que promete ser uma mistura de assalto com elementos de suspense e terror que vão te deixar no limiar entre a adrenalina e o cagaço.

Aqui, você controla um Hacker iniciante que está tentando ganhar a vida em Midnight City, aceitando contratos para furtar informações confidenciais de umas empresas que estão lucrando com atividades criminosas. Acontece que o que o seu personagem não contava que os prédios dessas empresas fossem assombrados por seres bizarros que saem à noite para caçar.

O jogo entrou em seu acesso antecipado no dia 25/10/2023, e até então conta com três mapas e um sistema de progressão que te oferece objetivos ao longo da jogatina para que você possa conseguir mais experiência e recursos nas missões, além de um sistema bem legal de mercado negro, que possui uma simulação de variação dos preços dependendo da “oferta e demanda”, no qual você pode vender os itens que encontra nas missões, além de uma loja para comprar itens cosméticos com o dinheiro que você vai conseguido ao jogar.

Mas e a jogatina, como funciona? Você começa em uma safehouse ao estilo dos jogos clássicos do Hitman, em que você pode utilizar um computador para mudar a aparência do personagem, acessar a loja de itens cosméticos, o mercado para vender os itens roubados, aceitar as missões paralelas que te fazem progredir na história, além de, claro, um local para escolher o mapa em que vai escolher jogar com a possibilidade de criar um lobby para chamar outras pessoas para jogar.

Já nos mapas em si, os objetivos são criados de forma aleatória a cada vez que você inicia uma missão, mas eles se resumem basicamente a invadir os computadores para roubar informações, que são divididas em três tipos de arquivos com um número mínimo de megabits em cada um deles para ser baixado, pegar documentos físicos e itens específicos que são encontrados em gavetas e cofres, e tirar fotos de indícios de crimes que estão espalhados pelo mapa.

Para que possa realizar essas atividades, você conta com uma lanterna, que além de obviamente iluminar o seu caminho, também possuí uma função de luz negra para achar mensagens e senhas escondidas, um celular, que é utilizado para invadir os computadores, laptops e as câmeras de segurança, fotogravar os indícios de crimes espalhados pelo mapa, e um tablet, que serve tanto como seu tutorial com um manual do jogo in game como para acompanhar em tempo real as imagens das câmeras de segurança que você hackeou.

Vale um destaque aqui para a forma de como as invasões aos computadores e laptops funcionam, pois além de utilizar o smartphone para acessar o aparelho-alvo da invasão, você também precisa passar por um minigame bem ao estilo dos que temos nas missões de tripulante de Among Us. A variedade desses minigames é bem vasta, e apesar de bem fáceis de serem resolvidos, tudo se complica quando entram os outros elementos do jogo, o suspense e o terror.

A parte mais divertida em Midnight Heist, diferente de outros jogos de assalto, é que você precisa completar todos os objetivos enquanto foge de uma entidade fantasmagórica que consegue te matar apenas com um golpe e sem nenhuma forma de contra-atacar. O jogo consegue criar um clima de suspense e tensão utilizando bem a pouca iluminação, os sons e o ambiente ao redor do jogador, que começa a missão com uma certa liberdade, até que em algum momento o capiroto começa a te caçar, e aí o mochila de criança fica zanzando pelo mapa enquanto você foge dele e tenta completar os objetivos.

Agora você deve estar se perguntando: “Certo, mas vale a pena pegar agora mesmo estando em acesso antecipado?” Mesmo misturando vários elementos de outros títulos, Midnight Heist consegue criar uma identidade própria, e mesmo não estando finalizado e não ter tido seu lançamento oficial, acredito que vale a pena. E não só pelo fato da desenvolvedora independente MediaTale já possuir o Psych, outro título com um tema parecido e com boas avaliações na Steam, mas também pelo fator diversão no estado atual e que pode te proporcionar horas de uma jogatina boa, seja sozinho ou com amigos, além de contar com o suporte da desenvolvedora, que está de olho no feedback dos usuários para melhorar ainda mais a experiência.

*Uma cópia do jogo foi gentilmente cedida ao CosmoNerd pelo time de desenvolvimento para a produção deste texto.