Após os eventos de We Built This City, o terceiro episódio da 22ª temporada de Grey’s Anatomy, intitulado “Between Two Lungs”, mergulha em temas familiares à série: dilemas éticos, dramas pessoais e o peso de decisões médicas que podem mudar vidas. Com uma cirurgia de transplante de pulmão de altíssimo risco no centro da trama, o capítulo também dá espaço para reencontros, novos vínculos e reviravoltas emocionais — mantendo o espírito que há duas décadas faz de Grey’s Anatomy um dos dramas médicos mais duradouros da TV. Confira a nossa crítica e resumo do que rolou no episódio 3:
Recapitulação do episódio 3 da 22ª temporada de Grey’s Anatomy (Between Two Lungs)
Um transplante sem precedentes no Grey Sloan Memorial
O episódio começa com a chegada de Nick Marsh (Scott Speedman) ao Grey Sloan para liderar uma cirurgia inédita: um transplante bilateral de pulmão com doadores vivos. Os pais do jovem paciente Ryan decidem doar cada um parte dos próprios pulmões para salvar o filho. A complexidade e o risco do procedimento levantam debates entre os cirurgiões — especialmente Winston (Anthony Hill), que questiona se a operação é eticamente defensável. Meredith (Ellen Pompeo), agora mais à distância, aparece para supervisionar o caso, mas reforça que a decisão cabe unicamente aos pais.
Enquanto isso, vemos Ben (Jason George) empolgado com sua nova função como Chefe de Residência, cargo que o aproxima ainda mais de Richard Webber (James Pickens Jr.). Bailey (Chandra Wilson), por outro lado, tenta equilibrar suas responsabilidades com um caso delicado: uma paciente com câncer que sofre um acidente antes da quimioterapia.
Cass retorna e traz tensão emocional para Teddy
Um dos momentos mais comentados do episódio é o retorno de Sophia Bush como Dra. Cass Beckman, cirurgiã de trauma que reaparece inesperadamente no hospital. Sua presença desestabiliza Teddy (Kim Raver), que tenta evitar qualquer contato após o fim de seu casamento com Owen (Kevin McKidd). O reencontro no elevador — clássico ponto de virada na série — reacende a tensão entre as duas, especialmente quando Cass demonstra ainda ter interesse na colega.
Mais tarde, Teddy e Jo (Camilla Luddington) saem juntas para negociar a compra de um carro, e a conversa acaba se transformando em uma reflexão sobre separação e recomeços. O diálogo entre as duas médicas é um dos pontos mais sensíveis do episódio, e indica o início de uma nova amizade baseada em experiências semelhantes de perda e reconstrução.
Os residentes enfrentam novos desafios em Grey’s Anatomy
Entre os recém-promovidos a residentes, o caos é constante. Blue (Harry Shum Jr.) comete um erro logo no início ao confundir a nova médica de cirurgia plástica, Dra. Mohanty (Samantha Marie Ware), com uma interna. O engano se torna motivo de constrangimento e aprendizado quando ambos acabam trabalhando juntos em um caso.
Lucas (Niko Terho) e Bryant (Trevor Jackson) também enfrentam tensões pessoais. Ainda abalada pelo fim com Simone, Lucas precisa aprender a controlar suas emoções durante a cirurgia da paciente de Bailey. Bryant tenta se redimir pela confusão anterior, mas a rivalidade entre eles interfere no trabalho. Bailey, sempre atenta, percebe o conflito e intervém para manter o foco no paciente.
A cirurgia de transplante e o limite da medicina
Enquanto os dramas pessoais se desenrolam, o transplante de pulmão entra em fase crítica. O risco é extremo, e um contratempo ameaça adiar a operação quando Ryan apresenta sinais de infecção. Winston tenta convencer Nick a suspender o procedimento, mas o tempo é curto e o garoto não tem alternativas.
O episódio explora com intensidade o dilema moral da equipe: até que ponto vale a pena arriscar a vida de dois pais para salvar um filho? Apesar das divergências, Winston se torna peça-chave para que a cirurgia ocorra. Em uma sequência de alta tensão, a equipe inicia o transplante, mostrando o lado técnico e humano do trabalho cirúrgico.
Paralelamente, Ben descobre que a posição de residente-chefe exige mais do que responsabilidade técnica. Sob o olhar de Webber, ele percebe o desafio de liderar uma equipe cheia de personalidades fortes e inexperientes.
Bailey enfrenta más notícias
Enquanto o transplante se desenrola, Bailey precisa lidar com uma descoberta devastadora. Sua paciente, Katie, apresenta tumores no fígado, o que muda completamente o prognóstico do câncer. A cena em que Bailey dá a notícia à paciente é um dos momentos mais intensos do episódio, mostrando a compaixão e o peso emocional do trabalho médico.
Lucas, tentando compensar os erros anteriores, assume postura mais confiante e ajuda Bailey a conduzir o caso. Ainda assim, a médica termina o dia com o semblante pesado — consciente de que, mesmo com toda a experiência, há situações que fogem do controle.
Teddy reencontra uma faísca
No desfecho do episódio, Teddy decide dar um passo adiante após dias de tensão emocional. Depois de se abrir com Jo sobre seu divórcio, ela cruza novamente o caminho de Cass. O reencontro tem um tom mais leve, mas deixa claro que a história entre as duas ainda não terminou. O roteiro sugere que o relacionamento pode se aprofundar nos próximos episódios, reacendendo a chama que ficou em suspenso desde a temporada anterior.
Enquanto isso, Blue tenta se redimir com a Dra. Mohanty, mas a médica não aceita suas desculpas facilmente — um lembrete de que as consequências dos erros são reais no ambiente hospitalar. Jules (Adelaide Kane) e Winston, por sua vez, compartilham olhares e cumplicidade durante o transplante, indicando que uma nova dinâmica está se formando entre eles.
Crítica de Grey’s Anatomy episódio 22×03
Um episódio sobre recomeços e escolhas
“Between Two Lungs” reforça a força de Grey’s Anatomy em equilibrar grandes cirurgias com dramas humanos. O episódio aborda o conceito de recomeço sob múltiplas perspectivas: Teddy tentando redefinir a própria vida após o divórcio, Bailey enfrentando as limitações da medicina e os residentes aprendendo a lidar com o peso da responsabilidade.
A direção mantém o ritmo característico da série — alternando entre tensão cirúrgica e momentos íntimos — e a montagem final, que intercala as duas cirurgias principais, cria uma sensação de urgência constante. Mesmo após 22 temporadas, Grey’s Anatomy mostra que ainda sabe explorar o impacto emocional de suas histórias sem depender apenas de tragédias.
Com Sophia Bush de volta ao elenco, o episódio adiciona uma camada de nostalgia e curiosidade ao futuro da temporada. Cass e Teddy têm potencial para se tornarem o novo foco emocional da trama, enquanto o caso de Ryan promete continuar sendo um arco médico importante nos próximos capítulos.
O episódio 3 da 22ª temporada de Grey’s Anatomy entrega tudo o que os fãs esperam da série: cirurgias complexas, conflitos morais e relações em transformação. O roteiro combina momentos de vulnerabilidade com decisões de vida ou morte, lembrando que, no Grey Sloan Memorial, cada escolha tem um preço.
Ao final de “Between Two Lungs”, fica a sensação de que a temporada ainda guarda grandes viradas — tanto nas salas de cirurgia quanto nos corações dos personagens. A série continua provando por que, mesmo após duas décadas, permanece relevante e emocionalmente envolvente.