Original do catálogo Netflix, Clinical é suspense fraco dirigido por Alistair Legrand
Quem acompanha os reviews de filmes originais Netflix pelo CosmoNerd já deve ter se acostumado às notas baixas a esses produtos. Longas como Spectral e Arq e são exemplos de projetos que tentaram entregar algo bacana inicialmente, mas se perderam no meio do caminho de algum modo. Dessa vez as coisas não são muito diferentes (até pior em alguns aspectos).
Sinopse: Uma psicóloga atormentada pelo encontro traumatizante com uma paciente passa a questionar sua própria sanidade conforme as lembranças do passado se tornam cada vez mais viscerais.
Apesar da oportunidade de explorar algo sobrenatural, a trama se preocupa em deixar todos os acontecimentos do filme no campo do ponderável, e isso não é exatamente algo ruim.
Alguns dos problemas de Clinical poderiam ser amenizados caso o elenco se mostrasse mais carismático. Além de desconhecido, não há nenhuma atuação que se destaque e renda elogios. A fins de curiosidade, Sydney Tamiia Poitier (a Jungle Julia de À Prova de Morte, de Quentin Tarantino) está no filme interpretando Clara, amiga de Jane, só que sem muita importância na trama. Fora isso, no geral são bons atores habituados a participações em séries conhecidas (como é o caso de Vinessa Shaw que vive Jane, e Kevin Rham que vive Alex), mas nada além disso.
Falta ousadia ao roteiro de Luke Harvis e Legrand. O plot twist na trama é facilmente decifravel pelos mais atentos, mas nem vai causar tanto impacto a quem se permitir a surpresa com os desdobramentos do filme. Ao final, Clinical parece se tratar de uma história de Stephen King de má qualidade, e as cenas fortes (o rosto de Alex, a auto mutilação de Nora) não conseguem dar uma roupagem melhor para o filme. Pelo menos não é de dar sono como O Último Capítulo, outro original Netflix do gênero.