2016 chegou ao seu fim e durante sua estadia ele nos trouxe algumas promessas bem interessantes no que diz respeito a material cinematográfico. Promessas geram expectativas e a grande pergunta aqui é: A promessa foi cumprida?
Grandes trailers, grandes imagens, grande elenco, diretor, orçamentos milionários, marketing exacerbado, são elementos importantes para entregar algo ao público. O filme que vai derrubar você da cadeira do cinema. “O duelo de gigantes”, “A equipe de neon”, “O bom filho retorna à casa – A Guerra”.
Tivemos em março a primeira grande promessa do ano: O grande duelo, dia versus noite, preto versus azul. Um filme que polarizou os fãs, um filme que deixou a crítica unilateral. Sem fidelidade a um material original e derrubando alicerces que compõe as essências de personagens que já estão no imaginário coletivo, “O grande duelo” veio para se tornar uma das maiores discussões no que envolve blockbusters. “É ruim”, “é bom”! “É mais fácil falar do que é negativo, do que o positivo”. É, de fato, sim. Mas e quando você faz uma grande promessa? “Promessas geram expectativas” -ver parágrafo 1- Como não se atentar quase que exclusivamente o que foi negativo?
“O grande duelo” nos trouxe um bom fan service, e digo, não é um total desastre, mas é preguiçoso, se perde em suas próprias regras e etc. A catarse é algo que o longa conseguiu extrair de seus fãs mais xiitas e dos fan boys de carteirinha.
Logo após vimos “O bom filho retorna à casa – A Guerra”. Esse sim também era uma grande promessa. Não polarizou os fãs e a crítica o recebeu com um aperto de mão. De um universo pré estabelecido, com regras, com um produtor que supervisiona melhor que Sauron, “O bom filho retorna à casa” é também um delicioso fan service. Tem suas falhas, lógico, mas o saldo foi positivo.
“A equipe de neon”, ah, esse sim tem uma história interessante. Um longa que teve mais transformações que o Goku, que foi mais picotado do que papel, teve mais marketing do que capa de revista. Após as críticas que “O grande duelo” recebeu, houve uma reformulação em toda a estrutura original de “A equipe de neon”. Editado por mais de uma mão e com uma edição e erros de continuidade que doem. Mas porque isso? Aparentemente a grande solução era deixar tudo mais “engraçado”. Mais outra grande promessa, com grande orçamento, grande elenco.
E estamos errados em cair de cabeça em nossas expectativas? Estamos errados em nos decepcionar no final dessas experiências? Em chegar em casa e descrever o quão bom ou ruim foi aquilo para nós? Acho que a resposta é “não”. Não devemos nos privar de nossas expectativas, a decepção faz parte da vida, “c’est la vie”. Somos feitos de grandes elencos, de grandes diretores, de grandes orçamentos, de grandes empresas, é só que as vezes não sabemos administrar e quando tentamos consertar, destruímos mais ainda, mas o importante é continuar nos dando chances, afinal, somos fãs, somos nossos fãs, e acima de tudo, queremos ver tudo dá certo, e nos ver dando certo. Existe maneira mais interessante de viver? E prometa, caia na expectativa.
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