Mario Vitor Rodrigues surgiu para a literatura brasileira seis anos atrás com Absolvidos (Nova Fronteira, 2011), uma obra que demandou viagens do autor a diversas partes do mundo para criar uma história que se passa em vários países. E seu segundo romance, que será lançado em março pela Nova Fronteira, dá continuidade a esse caráter cosmopolita de seu trabalho.
Se em Absolvidos Mario Vitor nos apresentou a um grupo de amigos que decidem viver intensamente os pecados capitais, em Desde o Primeiro Olhar, romance ambientado em Paris, o jovem escritor desenvolve uma história cujo protagonista cria sua própria cruzada contra o que considera um pecado inconcebível: a incapacidade do grande público de reverenciar a arte como ela merece. Frustrado com esse panorama e com a própria mercantilização promovida por museus e galerias ao redor do mundo, o inglês Tom Gale resolve tomar para si a missão de reeducar a sociedade. Custe o que custar.
Em certo momento, Joan Marie Baker — uma detetive particular que iniciara sua carreira inadvertidamente após solucionar o ataque ao museu de Oslo de 2004, em que foram roubados os dois quadros mais emblemáticos do artista norueguês Edvard Munch — é contratada para investigar um cenário que começa a preocupar o mundo das artes. Não bastasse o clima de suspense e a caça que permeia toda a trama, os dois protagonistas estão ligados por memórias tão afetivas quanto subterrâneas.
Para escrever a obra, Mario Vitor passou dois anos viajando para cidades como Petra, Jerusalém, Cairo, Istambul, Atenas, São Petersburgo, Madri, Berlim, Londres e, claro, Paris. O resultado é uma história que tem como pano de fundo museus, galerias e restaurantes dessas cidades, fazendo de Desde o Primeiro Olhar um romance atraente para amantes de arte, gastronomia e viagens.
Embora admita a influência de vários escritores, dos clássicos brasileiros a Mario Vargas Llosa, de McEwan a Agatha Christie, o autor Mario Vitor Rodrigues reluta em estabelecer comparações. “Minhas influências vêm de vários escritores. O orgulho de ser neto de Nelson Rodrigues é enorme, a influência dele e de tantos outros é inevitável, mas quando escrevo tento ser fiel aos meus próprios fantasmas e às minhas próprias fantasias.”
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