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O que é Sick-lit, gênero literário de sucesso no Brasil

O gênero literário Sick-lit está fazendo muito sucesso nos últimos anos, principalmente depois da explosão “John Green”. O termo pode ser traduzido como “literatura-enferma” e, para quem nunca leu nada do tipo, são basicamente livros onde seus personagens (principais, ou não) sofrem de algum tipo de doença.

A primeira vez que soube desse tipo de literatura pensei que seriam livro com uma carga meio pesada, devido o tema no qual é abordado. Mas me surpreendi ao ver que muitos autores conseguem trazer isso de uma forma muito leve, e porque não dizer que de uma forma divertida  e também inspiradores.

Para provar isso, trouxe 3 sugestões de livros Sick-lit que eu amo e que representam muito bem esse gênero literário que tem dado o que falar por aí

As vantagens de ser invisível

Nessa história Sick-lit, Charlie é um garoto de 15 anos melancólico e introspectivo, que passou por um sério quadro de depressão após o suicídio de seu melhor amigo, somado ao trauma pelo falecimento de uma tia querida durante sua infância. O garoto passou um tempo internado em uma clínica para tratar seus problemas psicológicos e, logo no começo do livro, ele narra, através de cartas a um amigo desconhecido, sua tentativa de retomar a vida, agora no Ensino Médio.

No novo colégio, Charlie conhece Patrick e Sam. O trio passa por uma série de experiências, boas e ruins, que são mais comuns na adolescência do que muitos pais imaginam no conforto de suas casas – como violência, álcool, drogas, preconceito e abusos. Temas estes que costumam ser pincelados superficialmente em tramas da ficção. Escrito por Stephen Chbosky, o livro foi lançado em 1999 e ganhou uma adaptação para o cinema escrita e dirigida pelo próprio autor em 2012, com Emma Watson no papel de Sam e Logan Lerman como Charlie. A obra já vendeu mais de 3 milhões de exemplares no mundo, e 30.000 no Brasil. (Tradução de Ryta Vinagre,  Rocco Jovens Leitores, 223 páginas)

Extraordinário

August Pullman, o Auggie, tem 10 anos e nasceu com uma síndrome genética que causa deformidade facial e deixa a sua saúde debilitada. Durante a infância, Auggie foi submetido a diversas cirurgias que o impediram de frequentar uma escola com outras crianças. Quando a família acredita que ele está pronto para ser inserido em um colégio comum, tem início uma jornada que o leva à descoberta de sua identidade, para além da aparência. Narrado pelo ponto de vista do jovem protagonista, o livro ganha sutileza pela ótica infantil, e é salpicado de reflexões nas entrelinhas. Escrito pela estreante R.J. Palacio, a história surgiu depois que os filhos da autora se assustaram com uma menina com deformidade facial em uma sorveteria. O mais novo, de três anos, começou a chorar. R.J. pensou então no drama que viveria aquela família e como ela poderia ajudar a vencer esse preconceito. O livro se tornou best-seller nos Estados Unidos na categoria infantil. No Brasil, onde foi lançado em fevereiro, foram comercializadas 10.000 cópias. (Tradução de Rachel Agavino, Intrínseca, 320 páginas).

Garotas de vidro

O livro Sick-lit conta a história de Lia, uma menina de 17 anos que tem anorexia.    Ela pesa menos de 50 quilos e não consegue se sentir satisfeita com sua      autoimagem. Sua alimentação é baseada nos números das calorias: 500 por dia. Por causa da doença, Lia não consegue levar uma vida normal, como as garotas da sua idade. A situação piora quando sua melhor amiga, Cassie, que sofria de bulimia, é encontrada morta em circunstâncias misteriosas. Durante a noite de seu falecimento,Cassie tentou ligar mais de 30 vezes para Lia, que não atendeu ao telefone, e se sente culpada pelo ocorrido.
A obra é uma ficção, porém a autora, Laurie Halse Anderson, criou o enredo a partir de depoimentos feitos com garotas que sofrem com transtornos alimentares. O livro também mostra as consequências da doença e os caminhos a que ela leva, como o uso de drogas, álcool e a auto-mutilação. Lançado em 2009 nos Estados Unidos e em 2012 no Brasil, o livro vendeu 200.000 exemplares no mundo – 12.000 por aqui. (Tradução de Ana Paula Corradini, Novo Conceito, 272 páginas).

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