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Neon Abyss: Um roguelite caótico e retrô | Crítica

O gênero de Roguelikes ou Roguelites parece estar voltando com tudo. Há pouco tempo, tivemos o lançamento de West of Dead (tem crítica aqui no site) e agora a Team17 e a Veewo lançam Neon Abyss, um game roguelite plataform shooter bem divertido e igualmente caótico. Confira nossa crítica a seguir.

A história do jogo é completamente secundária, mas consiste em um esquadrão de heróis contratados por Hades que entram no Abismo para que ele recupere seus domínios. Você pode jogar várias runs sem se preocupar com a história mas uma das coisas legais são os conceitos dos chefes que representam meio que “pecados capitais” do século XXI. Existe um Deus dos vídeos de internet, outro das armas e até uma Deusa das Idols. É uma referência a Deuses Americanos bacana mas, como disse, isso é totalmente ignorável.

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A diversão de Neon Abyss consiste mesmo no gameplay caótico e divertido. Como um bom roguelite, você tem que tentar vencer runs com itens e desafios oferecidos aleatoriamente para você. Existe um mínimo level design desenvolvido para as salas e a dificuldade vai aumentando a cada fase. Mas a organização para por aí. O aspecto mais caótico (e mais divertido) do jogo é, com certeza, os seus items. Seu personagem pode ter uma arma, diversos items com habilidades passivas, um item usável e infinitos pets que te seguem. É uma experiência bem parecida com Binding of Isaac que, com certeza, foi uma grande inspiração para o jogo. Em certos momentos o jogo parece mais um bullet hell do que um plataform shooter, de tão caótico que fica.

Apesar de ser divertida a combinação de dezenas de itens e ver como eles te transformam em uma máquina de destruição em massa, toda a experiência me parece aleatória demais. Lógico que é prazeroso jogar várias runs para saber quais itens vão aparecer agora e como você vai vencer os desafios. Mas, dependendo dos itens que você coleta, a resposta se você vai sair vitorioso ou não muitas vezes depende mais da sorte do que da habilidade do jogador. Mas, mesmo sabendo disso, a experiência não deixa de ser muito divertida. Isso porque eu já joguei várias runs e não param de aparecer items novos, sendo a descoberta desses itens parte da diversão. Além disso,  a maioria dos itens têm piadinhas e referências à cultura pop bem legais de acompanhar.

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Apesar do fator sorte, existe sim algumas decisões que o jogador deve tomar, principalmente em como você vai guardar ou usar as bombas e chaves que lhe dão acesso a salas especiais. Além disso, existem lojas em que você pode escolher como vai gastar seu suado dinheiro e também upgrades que você leva para outras runs. Existem também personagens iniciais e desbloqueáveis que você pode escolher, mas eles possuem pequenas diferenças que não influenciam muito as partidas.

Outro ponto forte do jogo é sua arte e música. Apesar da capa do jogo ser horrível e parecer mais um Fortnite genérico, a arte do jogo consiste em um pixel art muito bem feito e que dá um aspecto retrô gostosinho para a experiência. Impossível não pensar em Metal Slug enquanto você atira, escapa e explode inimigos. A diferença aqui é uma estética que mistura bares com letreiros neon, inferno e masmorras abandonadas, dando uma cara bem única ao jogo. A música, apesar de um pouco repetitiva, é bem competente e te deixa no clima certo para a experiência.

Neon Abyss é uma experiência bem caótica, viciante e divertida. Ele não tem uma dificuldade muito grande, então, geralmente, quando terminar uma run, você vai querer começar outra pra saber quais combinações de itens malucas vão aparecer dessa vez. Infelizmente, o fator aleatório é tão grande que muitas vezes você se sente fora do controle, como se o jogo estivesse jogando por você. Mas isso não diminui esse que é um jogo muito bem polido no seu visual e gameplay.