Os Melhores Anos de Uma Vida, dirigido por Claude Lelouch, estreia nos cinemas brasileiros no dia 24 de abril. O filme, que foi exibido na Seleção Oficial do Festival de Cannes, acompanha os personagens Jean-Louis Duroc (Jean-Louis Trintignant) e Anne Gauthier (Anouk Aimée) cinquenta anos depois do primeiro filme, o clássico francês Um Homem, Uma Mulher, de 1966, vencedor do Oscar de Melhor Filme de Língua Estrangeira e de Melhor Roteiro – e que também teve uma continuação em 1986, Um Homem, Uma Mulher – 20 anos depois. Assista ao trailer acima.
Jean-Louis Duroc e Anne Gauthier se conheciam há muito tempo: um homem e uma mulher cujo romance deslumbrante e inesperado, capturado no icônico primeiro filme, revolucionou a compreensão do amor de toda uma geração de cinéfilos. Porém, o diretor não encara esse filme como uma sequência: “eu sabia que o filme precisava envolver até aqueles que não viram Um Homem, Uma Mulher. Precisava se sustentar com seus próprios pés e ser um filme independente.”, diz.
Os Melhores Anos de Uma Vida retoma uma história de amor que aconteceu há mais de 50 anos e marcou vidas, falando sobre os traços que deixamos um no outro. No primeiro flashback, a personagem de Anouk Aimée envia um telegrama para o personagem de Jean-Louis que diz: “Eu te amo”. É uma declaração que acaba virando a vida de cabeça para baixo, tudo começa com o momento extraordinário em que uma mulher tem coragem de declarar o seu amor.
Hoje, o ex-piloto de corridas parece perdido nos caminhos de sua memória. Para ajudá-lo, seu filho procura a mulher que seu pai não foi capaz de manter, mas sobre quem ele fala constantemente. Anne, então, se reúne com Jean-Louis e sua história começa onde eles terminaram…
Os filmes de Claude Lelouch estão sempre em busca de emoções. Cada um deles explora novas maneiras de comunicar o que é mais importante para o diretor. Lelouch é um amante da vida e a celebra em todos os seus aspectos mais poderosos e inesperados; um mestre em imortalizar esses momentos na tela, que parecem roubados da realidade.
Os Melhores Anos de Uma Vida reune o mesmo casal de atores (que rendeu uma indicação ao Oscar para Anouk Aimée) e os leva aonde sua história mundialmente famosa parou, mais de 50 anos atrás. Mas também é muito mais que isso. O quadragésimo nono trabalho de Claude Lelouch é, acima de tudo, uma visão singular dos aspectos mais importantes da vida, por um cineasta único e apaixonado. O filme não é uma conclusão nem um epílogo, mas algo inteiramente novo. Os Melhores Anos de Uma Vida retira sua autenticidade de uma realidade que deixou seus vestígios com o público. As imagens do passado combinam-se com as imagens do presente para produzir um animado movimento de vaivém. E isso torna esse novo filme também universal.