“A música da Amazônia é um presente para o Planeta Terra”
Logo no início de ‘Amazônia Groove’, o espectador é convidado a mergulhar na Floresta através do Rio que vem lá dos Andes, no Peru, com o nome de Maranhão, batizado de Solimões quando entra no Brasil e que ao encontrar o Rio Negro passa a ser chamado de Amazonas seguindo até o oceano Atlântico, no Delta do Marajó.
É nesse cenário, na região da Amazônia Paraense, que as lentes de Bruno Murtinho vão revelando os mais diversos sons, ritmos e histórias curiosas e emocionantes dos artistas e personagens anônimos. Em trecho do filme que antecipa a estreia no dia 6 de junho, o multi-instrumentista Manoel Cordeiro, dedilhando seu violão, indaga : ‘Quantas músicas cabem nesse Rio ?’ Ele não saberia responder a essa pergunta, mas sabe que elas tocam a alma do homem. E sintetiza: “É uma música para o mundo inteiro ouvir”. Veja e ouça o vídeo no topo da postagem.
A trilha sonora de Amazônia Groove é composta por Carimbó, Búfalo Bumbá, Guitarrada, violão clássico amazônico, sofrência, sons que se entrelaçam aos cantos dos pássaros, tecnobrega e canções de devotos em procissão. Entre as personalidades que dão seus depoimentos estão a musa do carimbó, Dona Onete, o multi-instrumentista, Manoel Cordeiro, o violonista reconhecido internacionalmente Sebastião Tapajós, o pescador cancioneiro Mestre Damasceno, o compositor paraense Paulo André Barata, o pesquisador de sons Albery Albuquerque, o rapper Mg Calibre, o DJ Waldo Squash e Gina Lobrista, a diva do brega que se apresenta no mercado Ver-o-Peso, no centro de Belém do Pará.
Destaque no Festival do Rio 2018, ‘Amazônia Groove’ , de Bruno Murtinho, foi vencedor do prêmio de fotografia no cultuado festival South by Southwest (SXSW) 2019, no Texas. O filme recebeu elogios do cineasta Fernando Meirelles: “ Um filme delicioso, destes para mergulhar. Encantador, literalmente”.