Festival Varilux de Cinema Francês 2019 (1) - Copia Festival Varilux de Cinema Francês 2019 (1) - Copia

Festival Varilux: delegação confirma François Civil, Joséphine Japy e mais

A delegação francesa formada por nove pessoas, entre atores e diretores, desembarca no Brasil no dia 5 de junho para participar do Festival Varilux de Cinema Francês 2019, que acontece entre 6 e 19 de junho, em todo o país. Além dos eventos de abertura (dia 5, em São Paulo, e 6 de junho, no Rio Janeiro), e apresentam seus filmes em sessões com debate com o público. No ano em que completa dez anos, o Varilux irá ultrapassar a marca de um milhão de espectadores.

Para apresentar o filme “Amor À Segunda Vista” (Mon Inconnue/Bonfilm), de Hugo Gélin, estarão no país a atriz Joséphine Japy e o ator François Civil. Na trama, um bem-sucedido autor de best-sellers se vê preso num universo paralelo totalmente diferente do seu. Do dia para noite ele se transforma em um humilde professor de francês e sua então mulher uma completa desconhecida. Fora da zona de conforto, ele precisará lidar com as mudanças de seu novo cotidiano e reconquistar a amada. A produção foi assistida por cerca de 340 mil espectadores na França e François Civil recebeu o Prêmio de Interpretação Masculina no Festival Internacional do Filme de Comédia de L’Alpe d’Huez em 2019.

François participa de outros dois filmes da seleção. “Quem Você Pensa que Sou?” (Celle que vous croyez/California Filmes), de Safy Nebbou, traz no elenco a premiada Juliette Binoche. A obra retrata o caso de “catfishing” de uma mulher que, para espionar seu marido, cria um perfil falso nas redes sociais forjando ser muito mais nova do que realmente é. Em “O Chamado do Lobo” (Le Chant du Loup/Bonfilm), Civil interpreta o marinheiro Chateraide (François Civil) que desempenha a função de “Ouvido de Ouro”, responsável por interpretar cada ruído captado pelo sonar da embarcação.

O ator Swann Arlaud vem representar o longa-metragem premiado “Graças a Deus” (Grâce à Dieu/California Filmes), de François Ozon, que recebeu o Urso de Prata no Festival de Berlim deste ano. Ele interpreta Emmanuel Thomassin, que foi abusado sexualmente quando era garoto pelo padre Bernard Preynat, da arquidiocese de Lyon. Baseado em uma história real, o longa estreou na França em fevereiro, dias antes do julgamento do cardeal francês Philippe Barbarin, condenado por seu silêncio sobre os atos cometidos pelo sacerdote de sua diocese. O longa foi visto por cerca de 655 mil espectadores na França.

Em 2018, Arlaud recebeu o César de Melhor Ator pelo filme “O Pequeno Fazendeiro” (Petit Paysan), de Hubert Charruel. Ele atuou também nos longas “Românticos Anônimos”, “Os anarquistas” e “Baden Baden”. Esse ano, além de “Graças a Deus”, ele pode ser visto nos cinemas franceses no longa-metragem “Un beau voyou” de Lucas Bernard.  O ator marca presença, agora em maio, no Festival de Cannes com os filmes “Les Hirondelles de Kaboul”, de Zabou Breitman e “Perdrix”, de Erwann Le Duc.

Para representar a comédia “Meu Bebê” (Mon Bébé/Bonfilm), que traz a terna relação de uma mãe com sua filha caçula que está prestes a sair de casa para estudar no Canadá, virão a diretora Lisa Azuelos (“Um Reencontro” e “LOL – Rindo à Toa”) e a jovem atriz Thaïs Alessandrin. Mãe e filha na vida real, a história do longa é inspirada nas experiências e sensações vividas por elas. Assistido por quase 600 mil pessoas na França, “Meu Bebê” recebeu o Grand Prix de direção para Lisa Azuelos e de melhor atriz para Sandrine Kiberlain no Festival Internacional do Filme de Comédia de L’Alpe d’Huez em 2019.

Outra dupla presente nesta edição é o casal de diretores Éric Métayer e Andréa Bescond, que está no comando de “Inocência Roubada” (Les Chatouiles/A2Filmes), A trama, baseada na história da diretora, revela os traumas da vida de uma mulher que foi abusada na infância por um amigo dos pais. O roteiro foi escrito originalmente para o teatro e venceu o Prêmio Molière de Melhor Monólogo em 2016. O longa integrou a seleção do Festival de Cannes em 2018 na categoria “Un Certain Regard” e garantiu dois prêmios César em 2019 nas categorias Melhor Adaptação e Melhor Atriz Coadjuvante (atriz Karin Viard). O longa já foi visto por cerca de 220 mil pessoas na França.

Por falar em teatro… O diretor, autor e roteirista Alexis Michalik estará no Brasil para falar sobre “Cyrano Mon Amour” (Edmond/A2Filmes), que aborda o processo criativo do dramaturgo francês Edmond Rostand ao escrever a aclamada peça “Cyrano de Bergerac”. Michalik desenvolveu a trama para os palcos em 2016 e ganhou quatro prêmios Molière de teatro francês no ano seguinte: Melhor Dramaturgo, Melhor Comédia, Melhor Peça em Teatro Privado e Melhor Diretor em Peça de Teatro Privada. Na França, o filme contou com 527.400 mil espectadores.

Outro diretor integrante da delegação é Pierre Scholler. Vencedor de quatro prêmios César por “O Exercício do Poder” e “Versailles”, vem ao Brasil apresentar “A Revolução em Paris” (Um people et son roi/Bonfilm), que retrata a gênesis da Revolução Francesa. A produção, que foi construída a partir de uma pesquisa de quase seis anos e custou 17 milhões de euros, reúne um elenco excepcional formado por nomes como Louis Garrel, Adèle Haenel, Izïa Higelin, Gaspard Ulliel, Laurent Lafitte, Olivier Gourmet e Denis Lavant, entre outros. O longa levou 219 mil pessoas aos cinemas franceses.

O Festival Varilux de Cinema Francês é realizado pela produtora Bonfilm e tem como patrocinador principal a Essilor/Varilux, além do Ministério da Cidadania por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura; a Secretaria de Estado de Cultura, por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura do Rio de Janeiro; a Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro e Secretaria Municipal de Cultura por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura. Outros parceiros importantes são as unidades das Alianças Francesas em todo Brasil, a Embaixada da França no Brasil, as distribuidoras dos filmes e os exibidores de cinema independente/de arte e as grandes redes de cinema comercial.

Da esquerda para a direita: No alto: Éric Métayer, Andréa Bescond e Pierre Scholler. No meio: François Civil, Joséphine Japy e Swann Arlaud. Embaixo: Alexis Michalik, Thaïs Alessandrin e Liza Azuelos

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