O nazismo é um tema vasto, presente em debates que nunca se encerraram mesmo com a morte de seu principal mentor e líder, Adolf Hitler, em 1945. Pudera! As histórias relativas ao período são inesgotáveis, já que milhões de pessoas estiveram de alguma forma envolvidas, seja como algozes, vítimas ou testemunhas do regime. São várias as produções dispostas a refletir sobre o período, uma delas é o documentário “Rastreando Klaus Barbie”, de Christophe Brulé e Vincent Tejero, exibido nesta sexta-feira,10, às 20h, pelo canal Curta! A produção é da francesa Arte.
Conhecido como “Açougueiro de Lyon”, Klaus Barbie foi um oficial de alto escalão da organização paramilitar nazista SS e, posteriormente, chefe da unidade da Gestapo (a polícia secreta de Hitler) em Lyon, na França. Durante a Segunda Guerra Mundial, enviou cerca de 7500 judeus para campos de extermínio e ficou conhecido pela brutalidade com que torturava seus prisioneiros – entre os mais ilustres, um dos líderes da resistência francesa, Jean Moulin, braço-direito de Charles de Gaulle. Com a derrota da Alemanha e dos países do Eixo, fugiu para a América do Sul, onde se tornou espião dos Estados Unidos durante a Guerra Fria, ajudando a implementar governos ditatoriais.
O documentário, de Christophe Brulé e Vincent Tejero, retrata a trajetória e o julgamento desse líder nazista, realizado apenas em 1987. Em foco, a sentença de Barbie e a proteção que ambos os serviços secretos, da Alemanha e dos EUA, ofereceram a ele, ainda que em períodos diferentes. Sua produção baseou-se em pesquisas realizadas pelo historiador alemão Peter Hammerschmidt e em arquivos históricos.
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