O mais importante festival de animação do mundo começa no dia 11 e homenageia a animação brasileira
O Anima Mundi, que confirmou as datas de sua 26ª edição entre 21 e 29 de julho, no Rio, e de 1º a 5 de agosto, em São Paulo, consolida a sua parceria com o Festival de Annecy, na França. O mais importante festival de animação do mundo, que acontece na cidade francesa entre 11 e 16 de junho, homenageará a animação brasileira. O Anima Mundi foi convidado para assinar a curadoria das mostras especiais de filmes brasileiros. Esta será a maior mostra de animação brasileira já realizada no exterior.
Aída Queiroz, Cesar Coelho, Léa Zagury e Marcos Magalhães, fundadores e diretores do Anima Mundi, selecionaram, em parceria com Annecy, filmes para cinco mostras: três de curtas-metragens de animação, com um total de 27 filmes emblemáticos de diferentes épocas; uma de séries para a TV (com 10 filmes); e outra de filmes de encomenda (com 32 filmes publicitários, institucionais e videoclipes). Todos serão exibidos na programação do festival.
O diretor Cesar Coelho comenta a participação: “Esta edição de Annecy é uma grande oportunidade de mostrar para o mundo inteiro o talento da animação brasileira atual. Selecionamos filmes clássicos, que são referências, mas a maior ênfase na nossa seleção foi para a produção atual do Brasil. Esse convite de Annecy para curarmos esta edição nada mais é do que o reconhecimento do crescimento e da qualidade alcançada pela animação brasileira. É uma excelente oportunidade de renovar o nosso potencial no mercado internacional de animação”.
O Anima Mundi selecionou para Annecy curtas-metragens de diferentes décadas a partir dos anos 80, quando a produção brasileira começou a ter reconhecimento internacional, até os dias de hoje. Eles serão exibidos no formato das sessões do festival Anima Mundi, reunindo filmes de vários gêneros, temas e técnicas. As séries de TV, formato que está cada vez mais forte no Brasil, e filmes de encomenda também foram selecionados pela relevância em suas categorias (ver lista completa dos selecionados abaixo).
Para a diretora Léa Zagury, “O sucesso do Anima Mundi vem da diversidade na curadoria dos quatro diretores que têm olhares para lugares diferentes. Nas sessões de curtas apresentamos alguns filmes, cujos autores foram pioneiros da animação no Brasil e abriram os caminhos para o início de uma nova produção nacional. Também há filmes de animadores que iniciaram uma carreira após frequentarem o festival. Os objetivos do Anima Mundi são tornar-se um local de referência para que aspirantes e animadores possam se inspirar, aprender, apresentar seus trabalhos e criar networks”.
Aída Queiroz complementa: “A animação brasileira tem uma cara própria, foi para um caminho mais autoral. Isso traz um mérito para os nossos animadores. Então nada mais justo do que essa homenagem de Annecy para a nossa animação!”.
Um dos principais responsáveis pela formação da indústria de animação na França, desde que foi criado, nos anos 60, o Festival de Annecy sempre foi uma referência importante para o Anima Mundi.“Sentimos a necessidade de criar um festival aqui no Brasil para conectar os produtores, começar a profissionalizar o mercado de animação no início dos anos 90, quando não havia nenhuma associação ou curso no Brasil, e fomentar plateias”, conta Marcos Magalhães, que já participou do júri oficial de Annecy e, assim como os outros diretores do Anima Mundi, frequenta o festival francês há muitos anos.
A parceria começou já na terceira edição do Anima Mundi, em 1995, quando eles trouxeram para o Rio de Janeiro uma grande exposição de Annecy, a “Animagia”, montada no CCBB, que foi um grande sucesso. “Hoje temos muito orgulho de termos contribuído para a formação de algumas gerações de animadores brasileiros. E o amadurecimento do mercado de animação no Brasil pode ser comprovado com essa grande homenagem em Annecy”, completa Marcos.
Para Fernanda Cintra, diretora executiva do Anima Mundi, “O talento artístico dos profissionais brasileiros, aliado às ferramentas de financiamento às novas produções e formação de público, fez com que a animação brasileira crescesse rapidamente e ganhasse visibilidade internacional. O Anima Mundi hoje é o grande difusor da linguagem de animação e é uma felicidade acompanhar o amadurecimento desse setor”.
Os quatro diretores do Anima Mundi estarão presentes em Annecy representando as sessões das mostras especiais de filmes brasileiros. Confira abaixo os selecionados:
“MEOW”, de Marcos Magalhães
“EL MACHO”, de Ennio Torresan Jr.
“TYGER”, de Guilherme Marcondes
“CASTILLO Y EL ARMADO”, de Pedro Harres
“CAIXA”, de Luciana Eguti e Paulo Muppet
“CHIAROSCURO”, de Daniel Drummond
“ED.”, de Gabriel Garcia
“PASSO”, de Alê Abreu
“O PROJETO DO MEU PAI”, de Rosaria
“CAMINHO DE GIGANTES”, de Alois Di Leo
“ADEUS”, de Celso D’Elia
“TEMPESTADE”, de Cesar Cabral
“ANIMAIS”, de Guilherme Alvernaz
“ATÉ A CHINA”, de Marão
“FAROESTE: UM AUTÊNTICO WESTERN”, de Wesley Rodrigues
“SOB O VÉU DA VIDA OCEÂNICA”, de Quico Meirelles
“PLANTAE”, de Guilherme Gehr
“ALMAS EM CHAMAS”, de Arnaldo Galvão
“QUANDO OS MORCEGOS SE CALAM”, de Fabio Lignini
“QUINTO ANDAR”, de Marco Nick
“JOHAN”, de Washington Rayk
“LINEAR”, de Amir Admoni
“CARTAS”, de David Mussel
“QUANDO OS DIAS ERAM ETERNOS”, de Marcus Vinicius Vasconcelos
“L.E.R.”, de João Angelini
“FURICO E FIOFÓ”, de Fernando Miller
“GUIDA”, de Rosana UrbesSéries de TV:
“Historietas Assombradas para Crianças Malcriadas – Episódio Unicórnias Princesas”, de Victor-Hugo Borges
“O Surreal Mundo de Any Malu – Episódio: 50 Tons de Rosa (Parte 2) – Fatos sobre mim!!”, de Fernando Mendonça
“Oswaldo”, de Pedro Eboli
“O Show da Luna”, de Célia Catunda e Kiko Mistrorigo
“As Aventuras de Fujiwara Manchester / Ep. 05: poesia em movimento”, de Alê Camargo e Camila Carrosine
“Monica Toy” – Episódio Dança dos Toys, de José Marcio Nicolosi
“Meu AmigãoZão” – 2ª temporada, de Andrés Lieban
“Vivi Viravento”, de Priscila Kellen
“Howdy Hardy”, de Henrique Lira e Jonas Brandão
“Osmar, A Primeira Fatia do Pão de Fôrma”, de Ale MachaddoCommissioned films (Filmes publicitários, videoclipes e filmes institucionais compõem esta categoria):
“Fábrica de Emoções”, de Gabriel Nóbrega
“Jardim”, de Pedro Luá
“MTV Sex”, de Mateus De Paula Santos
“Rubber Guy” – Salto, de Gabriel Nóbrega
“Mix Brasil Samurai”- abertura, de Mateus de Paula Santos
“Dream”, de ZombieStudio
“A História de Pete”, de Daniel Bruson
“Bass Awards”, de Mateus De Paula Santos
“Thu”, de Tiago Hoisel e Pedro Conti
“Sons da conquista” – Alan Fonteles, de Daniel Soro e Alexandre Chalabi
“Mundo feito à Mão”, de Luiz Dias
“Caminhada”, de Pedro Iuá
“Funk-Repente”, de Samanta Martins; José Bessa; Mateus Moretto e Claudio Reston
“Espetáculo Cineflix”, de Bruno Bask
“Unicef Unfairy Tales: Ivine and Pillow”, de André Fiorini
“Despertar”, de Daniel Semanas
“CALOI – Uma história de amor dobrável”, de Victor Reis
“UFCecê”, de Tiago Hoisel, Pedro Conti e Derek Henriques
“How the Right Words Help Us to Feel the Right Things”, de Antonio Vicentini
“Depois do Fim do Mundo”, de Flávio Ribeiro de Moura
“The World of Autism”, de Guilherme Marcondes
“O Pinguim e o Urso”, de André Fiorini
“O Mal”, de Carlon Hardt
“Embrapa” – Transformações, de Juliano Rybarczyk
“IBRAC-Taste the new, taste Brasil”, de PG Santiago
“Soldado de brinquedo”, de PG Santiago
“Blood Transfusion”, de Guilherme Marcondes
“Unlikely Hero”, de Guilherme Marcondes
“D&AD “Wish You Were Here?”, de Mateus de Paula Santos
“Guerra ao Drugo”, de Gabriel Nóbrega
“A Troca” , de Mateus de Paula Santos
“Endangered Love”, de Mateus de Paula Santos
Mais informações em:
http://www.animamundi.com.br/
http://www.animamundi.com.br/
https://www.annecy.org/home
(Crédito da ilustração – Michael Dudok para pôster do Anima Mundi 2018)