No Coração do Mar | Crítica

Mostrando tempestades, fome, pânico e desespero, No Coração do Mar (In the Heart of the Sea) procura ser fiel aos eventos e o proporciona de um modo extremamente emocionante o que irá com certeza mexer com cada um dos espectadores, sendo indispensável para aqueles que gostam de filmes baseado em fatos reais.

O cenário inicial do filme apresenta o comércio da cidade de New England nos Estados Unidos que gira em torno da caça as baleias. A gordura extraída desses mamíferos marinhos era no século XIX a principal fonte de combustível para iluminação das casas e vias públicas, além de ser utilizada como lubrificante, na fabricação de sabão e até mesmo de margarina. A pesca predadora, que ocorria principalmente nos Oceanos Atlântico e Pacífico, quase dizimou várias espécies, sendo nos dias atuais proibida pela maioria das nações do mundo. Tal prática só foi reduzida com a descoberta de petróleo no final do século XIX.

O filme narra a insistência do escritor Herman Melville (Ben Whishaw) em coletar as informações de Thomas Nickerson (Brendan Gleeson, o rei Menelaus de Tróia) o último sobrevivente no naufrágio do baleeiro Essex. Somente com a ajuda de Mrs. Nickerson (Michelle Fairley, a excelente Catelyn Stark de GOW), o ex-marinheiro finalmente narra os eventos que somente os sobreviventes sabiam até então.

No inverno de 1820, o baleeiro Essex partiu com a missão de coletar 3.000 barris de gordura de baleia. O veterano marinheiro Owen Chase (Chris Hemworth, o melhor Thor de todos os tempos) é contrato para ser o Primeiro Intendente, sendo responsável em ajudar o inexperiente e arrogante capitão George Pollard (Benjamim Walker) em sua primeira viajem.

O diretor Ron Howard (vencedor do Academy Awards pelo maravilhoso Uma Mente Brilhante) sabe como poucos criar cenas de tirar o fôlego em ângulos que deixam o espectador colado na poltrona. Os efeito especiais e o som do filme são excelentes, mostrando a força dos oceanos e toda a fúria da baleia contra o navio baleeiro.

Todos os personagens são muito bem trabalhados durante a aventura e podemos ver as mudanças que os marinheiros sofrem com o pesadelo marítimo que deve ser um naufrágio em alto mar. É impossível não sentir pena do marinheiros  Matthew Joy (Cillian Murphy, o Espantalho de Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge ) e o jovem Thomas Nickerson (Tom Holland, o próximo Homem-Aranha) dada a aparência esquelética de ambos.

Eu não assisti o filme em 3D, porém não senti falta de cenas que seriam necessário o uso da tecnologia. Minha intensão é assistir o filme em iMAX para poder curtir ainda mais os efeitos sonoros.

Vale a pena assistir o longa no cinema. Algumas cenas são memoráveis e somente em uma tela gigante podemos apreciar toda a qualidade das cenas muito bem construídas e dirigidas pelo experiente Ron Howard. A trilha sonora e efeitos sonoros, como dito anteriormente, são maravilhosas e a não ser que você tenha um home theater de alta qualidade e uma TV de 100″ em sua casa, corra para o cinema para apreciar esta obra de arte. Faça isso antes que se arrependa de não ter ido.

Estou colocando logo abaixo o trailer de No Coração do Mar para quem ainda não o viu (herege). Espero que depois desta crítica você se sinta motivado.

No mais, espero que tenham gostado desta análise. Deixe o seu comentário. 😉

Curiosidade: é a primeira aparição de Thor e do Homem-Aranha no cinema antes do tão esperado Capitão América: Guerra Civil. 😛

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