Nos meses que antecederam o lançamento do filme Harold e o Lápis Mágico, a Sony procurou a Netflix para discutir uma possível venda do filme.
De acordo com a Bloomberg, apesar da Sony demonstrar satisfação com a produção, os executivos temiam que o filme não conseguisse se destacar contra Divertida Mente 2 e Meu Malvado Favorito 4, dois grandes lançamentos que saíram no mesmo período. A previsão, no entanto, estava correta, pois “Harold e o Lápis Mágico” arrecadou pouco mais de 30 milhões de dólares nas bilheterias mundiais, enquanto especula-se que seu orçamento seja de 40 milhões de dólares.
Esse tipo de movimento, no qual estúdios buscam vender filmes que podem não performar bem nos cinemas, é comum. Longas como O Paradoxo Cloverfield (leia a crítica) e Os 7 de Chicago (leia a crítica) seguiram por esse caminho, sendo vendidos para a Netflix. No entanto, dessa vez a plataforma de streaming recusou a oferta, pois o novo chefe de filmes da empresa, Dan Lin, busca mudar a percepção pública da qualidade dos filmes originais da plataforma.
Lin quer reposicionar a Netflix no mercado, buscando que seus filmes sejam vistos com mais seriedade por críticos e pelo público, além de competir com o impacto cultural dos filmes lançados nos cinemas. Conforme o produtor Jason Blum afirmou recentemente, “não há como ter impacto cultural sem a experiência teatral”.
Essa nova estratégia da Netflix marca um afastamento de seu modelo anterior, onde a plataforma adquiria filmes de outros estúdios para preencher seu catálogo, mesmo que fossem produções de menor impacto.
via Bloomberg.