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Crítica | Uma Quase Dupla

Tatá Werneck e Cauã Reymond estrelam comédia descompromissada, fazendo com que Uma Quase Dupla seja uma boa pedida para as férias

O cinema brasileiro é repleto de filmes de comédia, passando por temáticas de amor, traição, dinheiro, família, entre muitos outros. É uma aposta certa para atrair o público e arrecadar dinheiro. Uma Quase Dupla é mais uma delas, e consegue, com facilidade, se destacar como uma boa comédia para assistir e dar algumas risadas.

Keyla (Tatá Werneck) e Claudio (Cauã Reymond) são dois policiais que não têm nada em comum, mas se veem obrigados a trabalhar juntos na pacata cidade de Joinlândia. Ela é uma investigadora competente que acha que pode resolver tudo sozinha. Ele é um subdelegado boa praça e nada eficiente. Os dois vão formar uma dupla improvável e, juntos, tentar capturar um habilidoso assassino em série.

Uma Quase Dupla adapta o gênero da comédia policial para a realidade brasileira, apresentando ação e humor do início ao fim. O filme traz diversas referências de Hollywood, desde Loucademia de Polícia, passando por Anjos da Lei e chegando em As Bem Armadas, fazendo piada com O Sexto Sentido e O Silêncio dos Inocentes. O roteiro de Ana Reber e Leandro Muniz, com colaboração da própria Tatá Werneck, não apresenta nada brilhante ou inovador, onde a trama existe apenas para fazer as piadas darem certo. Nesse sentido, o filme cumpre sua função.

Divulgação

O destaque fica para a química que Tatá Werneck e Cauã Reymond constroem, sendo esse o principal motivo para que Uma Quase Dupla realmente funcione. Keyla e Claudio se batem a partir do primeiro contato na delegacia de Joinlândia, e ao longo do filme fazem um papel quase como de mau policial e bom policial, dando equilíbrio para a trama. Individualmente, Werneck brilha mais, conseguindo fazer piada nas situações mais absurdas possíveis, de maneira que apenas ela seja convincente em um papel desse. Reymond traz a inocência que seu personagem pede, tendo êxito também em entregar cenas engraçadas sem precisar fazer muito esforço.

Outro destaque é para o gênero em si, já que a comédia é a queridinha dos brasileiros e Uma Quase Dupla não deixa a desejar nas piadas, mantendo um ritmo acelerado e entregando boas tiradas cômicas. O suspense e o mistério também ganham lugar no filme, com doses certas e que prendem o interesse até o final. O elenco de apoio também não deixa a desejar: George Sauma, Ary França, Daniel Furlan, Alejandro Cleveaux, todos tem seu momento de brilhar e contribuem bastante para o andamento da trama. A história do assassinato não é das mais mirabolantes, mas serve para nos levar de uma piada para a outra.

Um Quase Dupla é uma boa pedida para as férias, uma comédia policial que não tenta se levar a sério e faz rir até mesmo aquela pessoa mais sisuda. Para aqueles que gostam de humor descompromissado, fica um gostinho de quero mais no final. Quem sabe, talvez, Tatá Werneck e Cauã Reymond possam levar essa produção para uma série de TV? Seria interessante ver uma continuação das aventuras dessa dupla.