Após o estrondoso sucesso de Meu Malvado Favorito, os capangas de Gru ficaram mais famosos do que o seu chefinho, sendo queridinhos por todos os tipos de público. Os pequenos seres amarelos fãs de banana ganharam agora o seu segundo filme com Minions 2: A Origem de Gru, dessa vez, mostrando como encontraram o aspirante a super-vilão, o pequeno Gru de 11 anos, e suas primeiras aventuras com ele.
O plot é simples. Na década de 1970, o pequeno Gru já deseja ser o maior super-vilão de todos os tempos, e sua maior ambição é mostrar para o Sexteto Sinistro (sim, é esse o nome, por que choras Marvel?), o maior grupo de vilões do mundo, que ele é super malvado, tão ruim e cruel quanto eles. Em uma tacada de sorte, o menino é convidado para fazer uma entrevista para entrar no grupo, que está defasado. Então várias coisas acontecem ao mesmo tempo, como era de se esperar de um filme dos Minions.
A primeira coisa é que Gru pede para ir sozinho, sem nenhum dos ajudantes, no qual o trio protagonista do primeiro filme resolve que vai sim com ele, mas escondidos a uma distância que o garoto não possa ver. Kevin, Stuart e Bob não esperavam que Otto, um Minion considerado inconveniente e chato pelos outros, os descobrissem e seguissem.
A segunda coisa é que Gru, num ato impulsivo rouba o medalhão do zodíaco (JACKIE CHAN TÃO ROUBANDO TUA HISTÓRIA!) – um item mágico que no Ano Novo Chinês vai liberar poderes invencíveis para quem possuí-lo – do Sexteto e foge, esbarrando nos seus capangas, que o ajudam nessa escapada. Porém, no intento de se dividirem para distrair os super-vilões, Gru entrega o objeto para Otto, que… bem… troca o medalhão por uma pedra de estimação. No meio dessa confusão, o garoto é sequestrado por Willy Kobra, um ex-membro do Sexteto que foi abandonado pelos seus “amigos” vilões para morrer quando foram capturar o item mágico -, restando, assim, ao trio de Minions ir atrás do seu chefinho e mandar Otto desfazer o próprio erro. E já sabemos que tudo vai ser uma grande confusão.
Minions 2 vale à pena?
A história é um combo de divertidas confusões e o uso criativo de inspirações do mundo pop, como a roupa inspirada no Bruce Lee que Stuart, Bob e Kevin vestem quando precisam lutar kung fu, ou a abertura inspirada nos filmes de James Bond, ou os super-vilões que compõem o Sexteto Sinistro (cuja referência não preciso explicar), tais como Jean Clawed (dublado pelo próprio Jean-Claude Van Damme).
O longa segue o mesmo parâmetro dos outros, em que, chegando ao final, precisam combater algum vilão maluco e resolvem as coisas de forma criativa e engraçada. A construção da narrativa é bem linear, onde o foco se divide entre três plots: Gru, o trio composto por Kevin, Stuart e Bob, e Otto – cada um arrumando confusões em locais diferentes para nos arrancar risadas, que saem naturalmente pelo humor bobo e simples, sem apelar ou ser forçado. Os personagens são carismáticos, o que ajuda na imersão da história, e os cenários são bonitos, com características únicas, sendo bem explorados para que não fiquemos perdidos nas trocas de plot.
A dublagem brasileira está maravilhosa como sempre, com Leandro Hassum continuando seu trabalho como Gru, então pode ir ao cinema com a criançada ou com amigues à vontade, que a diversão vai tá garantida.