Chick-Lit é o gênero literário moderno direcionado para as mulheres, comumente conhecido como ‘literatura de mulherzinha’; ela teve como pioneira a personagem inglesa Bridget Jones, interpretada no cinema pela atriz Renée Zellweger em 1997.
Os enredos giram em torno da figura feminina típica do mundo pós-moderno: livre, inteligente e ousada. Essas deram origem a uma modalidade mais atual do universo literário que tem como público-alvo as mulheres. Na época o sucesso do filme foi tanto que ele chegou a ter uma indicação ao Oscar, que não cultiva a tradição de escolher papéis engraçados para um prêmio do porte de melhor atriz.
Apesar de ser vista pela crítica com um certo viés preconceituoso, por seu foco no mero divertimento e algumas vezes no consumismo desenfreado, como em Os Delírios de Consumo de Becky Bloom, da escritora Sophie Kinsella, a Literatura Chick apresenta um enredo ágil, de fácil digestão, engraçado e cativante; e mais, sem nenhuma pretensão a não ser a de entreter o leitor. É o que também costumamos a indicar como “leitura rápida pra semana”. Porque é algo que não necessita de uma extrema atenção.
O charme da chik-lit começa no design da própria capa, a qual atraia atenção do leitor que busca um livro nas prateleiras; ela é normalmente impactante, em tons avermelhados intensos ou rosados cintilantes, o que já revela a intenção de quem o escreveu, direcioná-lo ao gênero feminino. Cores fortes e alegres também fazem parte da paleta desses livros. O que, porém, não exclui os garotos de sua leitura.
Normalmente as protagonistas da Chic-Lit estão situadas na faixa etária que vai dos 15 aos 30 e poucos anos. São representadas nos livros suas dúvidas, inquietações, dilemas afetivos, profissionais e familiares, e até mesmo suas mínimas obsessões, como, por exemplo, o vício de comprar sapatos, enfim, elementos muito presentes no mundo contemporâneo, ao lado de uma face mais sombria, também abordada neste gênero, as discriminações, os distúrbios emocionais, como os problemas depressivos, as dependências químicas e de toda natureza, a dor da perda vivenciada no luto, entre outras temáticas comuns no universo pós-moderno.
Esta literatura alcança, sem dúvida, as novas gerações que se esforçam para aprender a viver no mundo contemporâneo tecnológico, navegando pelo universo virtual, de blog em blog, de site em site. O fato de ser uma literatura considerada divertida não implica que ela esteja desprovida do poder de contribuir para a adaptação da mulher contemporânea ao universo pós-moderno. Alguns críticos preferem distinguir o teen chick-lit do hen lit, uma subcategoria na qual a personagem principal vive um estágio mais amadurecido de sua existência.