O oitavo episódio da terceira temporada de Tulsa King, intitulado “Nada Acabou”, chega como um dos mais intensos e explosivos da série estrelada por Sylvester Stallone, trazendo à tona uma mistura de ação, moralidade e vingança que coloca Dwight Manfredi frente a seu maior desafio até agora.
Recapitulação do episódio 3×08 de Tulsa King
Logo no início, a atmosfera é de pura tensão. O episódio se abre na destilaria, cenário que já se tornou símbolo das reviravoltas de Dwight. Enquanto isso, Cole busca o pai na prisão, e a relação entre os dois continua marcada pelo ressentimento e pelo rancor. O silêncio entre eles fala mais do que qualquer diálogo, sugerindo que essa relação ainda tem muito a explodir.
Mas o centro da narrativa gira em torno do confronto entre Dwight e o enigmático Relojoeiro (Stephen Shelton), um assassino de aluguel de modos refinados e temperamento frio. É um antagonista diferente: culto, calculista e assustadoramente calmo. Em uma cena marcante, o criminoso admite seus atos em plena conversa, enquanto se serve de uma bebida — um retrato fiel do tipo de perigo que Dwight enfrenta nesta fase da história.
Dwight Manfredi contra Musso: quando justiça e vingança se confundem
O episódio 8 traz também o aguardado embate entre Dwight e Musso, responsável por manipular parte dos eventos que colocaram o protagonista em risco. A cena é carregada de tensão moral: Dwight o confronta sobre a responsabilidade pelas mortes causadas pelo Relojoeiro e denuncia o modo como Musso se esconde atrás da burocracia e das instituições. É um momento que sintetiza o conflito central da série — a luta entre o sistema corrompido e a justiça pessoal.
Mas, fiel ao seu estilo, Dwight não fica apenas nas palavras. Ele vira o jogo e prende o Relojoeiro em um mausoléu, em uma sequência que combina brutalidade e simbolismo. A cena é sombria, mas coerente com o código moral do personagem, que acredita em uma justiça feita à mão, longe dos tribunais.
O jogo político de Margaret e o jantar sob ameaça
Enquanto Dwight lida com seus inimigos, Margaret continua sendo uma peça-chave em sua estratégia. O episódio a coloca no centro de um jantar político que se transforma em um espetáculo de tensão. Sua habilidade para lidar com os convidados e manter a compostura contrasta com o perigo iminente que ronda o local.
Em paralelo, o Relojoeiro, sempre um passo à frente, deixa uma bomba instalada na cozinha. A sequência que se segue é um dos pontos altos da temporada: Dwight percebe o risco, mas o tempo é curto. O ritmo acelera, e o episódio se transforma em um thriller de pura adrenalina. Margaret tenta impedir que alguém entre em pânico, enquanto Dwight corre contra o relógio.
A explosão que encerra a cena é impactante e visualmente grandiosa, resultado de uma construção cuidadosa de suspense. Entre destroços e fumaça, Mitch emerge como herói inesperado, ajudando Dwight a conter o caos. Margaret sobrevive, abalada, mas firme — um símbolo da resiliência que caracteriza a série.
O significado de “Nada Acabou”
Após a explosão, Tulsa King entra em um tom mais introspectivo. Dwight, ainda coberto de poeira e sangue, faz uma de suas observações irônicas que misturam humor e amargura, lembrando o público por que ele é um dos anti-heróis mais complexos da TV atual.
O título “Nada Acabou” ganha peso simbólico aqui. Apesar das vitórias parciais, o episódio deixa claro que as batalhas de Dwight estão longe do fim. Musso promete vingança, Dunmire continua na caçada e o perigo volta a se aproximar por todos os lados. O “amanhã” mencionado por Musso no encerramento soa como uma ameaça velada — um prenúncio de que o conflito está apenas começando.
Enquanto isso, Cole tenta se libertar da influência do pai e começa a buscar um novo caminho, embora Tulsa King raramente ofereça redenções fáceis. Já a ausência de Cleo levanta novas dúvidas: seu desaparecimento pode indicar uma armadilha ainda maior.
Crítica do episódio 8 da 3ª temporada de Tulsa King
O episódio 8 entrega um dos capítulos mais eletrizantes e emocionalmente carregados da série. A direção conduz a narrativa com ritmo seguro, equilibrando cenas de ação intensas e momentos de reflexão moral. Sylvester Stallone entrega uma performance sólida, expressando o conflito interno de Dwight — um homem dividido entre a lealdade, a vingança e a tentativa de preservar o que resta de sua humanidade.
A relação entre Dwight e Margaret continua a ser um dos pilares dramáticos da temporada. A cumplicidade entre os dois cresce mesmo diante do caos, revelando que a força de Tulsa King não está apenas nos tiros e explosões, mas também nas alianças construídas à beira do colapso.
Por outro lado, o episódio também prepara o terreno para o clímax da temporada. O império de Dwight está mais vulnerável do que nunca, e cada passo em falso pode ser fatal. Quiet Ray e Musso seguem como ameaças silenciosas, e a promessa de novas traições paira no ar.
Vale a pena assistir a “Nada Acabou”?
Definitivamente. O oitavo episódio da terceira temporada de Tulsa King mantém o público preso à tela com uma combinação eficaz de ação, intriga política e drama humano. Mesmo com algumas tramas paralelas aceleradas, o ritmo intenso e a carga emocional sustentam o episódio do início ao fim.
“Nada Acabou” confirma o que a série tem mostrado desde o início: Dwight Manfredi é um personagem em constante guerra — com seus inimigos, com o sistema e consigo mesmo. E enquanto o “General” de Tulsa continua cavalgando o caos que ajudou a criar, o público aguarda, ansioso, para ver até onde essa guerra ainda pode levá-lo.
O episódio 8 de Tulsa King já está disponível no Paramount+. Assista aqui.