O quarto episódio de Tudo é Justo (All’s Fair), drama jurídico do Hulu e Disney+, traz um dos momentos mais intensos da série até agora. Criada por Ryan Murphy e estrelada por Kim Kardashian, Naomi Watts, Glenn Close e Sarah Paulson, a produção mergulha de vez nos traumas e dilemas das protagonistas. O capítulo “Todo Mundo Dançando Agora” coloca Emerald (Sarah Paulson) no centro da narrativa, explorando temas de consentimento, violência e vingança, enquanto a tensão entre as advogadas aumenta. Confira o resumo e explicação do episódio 4.
Recapitulação do episódio 4 da série Tudo é Justo
O caso da semana: um divórcio marcado por segredos e arrependimentos
O episódio começa com as protagonistas — Allura, Liberty e Emerald — atendendo uma nova cliente, Cheryl, que está em processo de divórcio do marido, Matty. O conflito entre eles gira em torno da decisão de não ter filhos. Matty queria construir uma família, enquanto Cheryl se manteve firme em sua escolha de não engravidar.
Durante o julgamento, surge a revelação de que Cheryl realizou um aborto anos antes sem contar ao marido. A advogada de Matty é Carrington, que aproveita o caso para atacar Cheryl, acusando-a de enganar o marido e ferir seus sentimentos. O debate se transforma em um embate sobre autonomia feminina e o direito de decidir sobre o próprio corpo — um tema recorrente na série.
Mas, como em outros episódios, o caso se resolve rapidamente: Matty descobre que sua nova companheira está grávida e decide desistir da disputa judicial, deixando Cheryl em paz. Antes de ir embora, ela agradece a Allura por compreender que nem todas as mulheres nasceram para ser mães, despertando em Allura sentimentos conflitantes sobre sua própria decisão de ter usado os embriões que dividia com Chase.
O drama pessoal de Emerald
O foco principal do episódio de Tudo é Justo é Emerald, que tenta se adaptar à nova fase da vida após ver seus filhos seguirem caminhos próprios. Durante um jantar com eles, ela reforça que se sente bem sozinha, mas as amigas — especialmente Allura e Liberty — a incentivam a sair mais e até participar de um evento para solteiros.
Relutante, Emerald acaba aceitando o convite. Allura a encoraja e lhe empresta um colar especial, símbolo de confiança entre as amigas. No evento, Emerald conhece um homem misterioso que se aproxima com simpatia. Eles dançam e conversam, mas a noite toma um rumo inesperado: ela começa a se sentir tonta e perde a consciência. Horas depois, acorda sem saber exatamente o que aconteceu.
Emerald procura ajuda médica e descobre que foi drogada. O exame não é conclusivo sobre um possível abuso, mas ela acredita ter sido agredida sexualmente. Devastada, liga para Allura, que imediatamente vai ao seu encontro. Dina e Liberty também correm para o hospital, e as três amigas a apoiam enquanto os médicos alertam que a mistura de substâncias em seu corpo poderia ter sido fatal.
O retorno ao trabalho e o peso da culpa
Mesmo abalada, Emerald tenta voltar à rotina. No escritório, o reencontro com Carrington a faz perder o controle, e ela explode de raiva. As colegas decidem que ela precisa se afastar por um tempo, enquanto Allura promete ajudá-la a descobrir quem foi o responsável pelo ataque.
A investigação revela um detalhe perturbador: o homem suspeito de ter drogado Emerald é filho de Conrad Walton, empresário que havia se suicidado após ser processado por Dina anos antes. Na época, Dina o expôs por envolvimento em um esquema Ponzi, o que levou à ruína de sua empresa e ao fim trágico de sua vida. Agora, Dina acredita que o filho atacou Emerald como forma de vingança.
Emerald, por sua vez, sente-se usada como peça em um jogo que não começou. Ela conversa com os filhos e conta o que aconteceu, pedindo que não façam nada impulsivo. Mesmo assim, há olhares que indicam que algo pode estar sendo escondido.
O desfecho do episódio 4: vingança e consequências
No final do episódio, Ray, ex-parceiro policial de Emerald, aparece para informar que o suspeito foi encontrado morto. Tudo indica suicídio, mas a revelação deixa dúvidas. Dina tenta consolar Emerald, dizendo que o universo tem formas de equilibrar a justiça. A frase, no entanto, apenas intensifica a raiva da amiga, que a culpa por tê-la colocado involuntariamente no caminho do agressor.
Emerald confronta Dina, deixando claro que não acredita em coincidências e que sente repulsa por ter sido arrastada para o passado dela. Quando volta para casa, questiona os filhos sobre uma possível participação na morte do homem. Eles negam, mas o silêncio e os olhares tensos deixam a dúvida no ar.
O episódio termina em tom sombrio, sugerindo que alguém pode ter se vingado por conta própria. O ciclo de violência e culpa parece longe de acabar — e as ações de Dina, mesmo quando motivadas por justiça, continuam provocando danos ao redor.
O significado do episódio 4 de Tudo é Justo
“Todo Mundo Dançando Agora” aprofunda o tom trágico da série e discute até que ponto a busca por justiça pode ultrapassar limites éticos e emocionais. Emerald, que sempre foi uma das personagens mais firmes, é colocada em uma posição vulnerável, enquanto Dina e Allura enfrentam as consequências de decisões passadas.
Com isso, Ryan Murphy reforça a ideia central de Tudo é Justo: em um mundo onde poder e moralidade se misturam, até as mulheres mais fortes podem ser vítimas — e algozes — de um sistema que continua testando seus limites.