O quinto episódio de Tudo é Justo aprofunda conflitos pessoais e profissionais das protagonistas enquanto retoma a dinâmica de casos jurídicos que funcionam mais como pano de fundo do que como motor da trama. Em “This Is Me Trying”, Ryan Murphy foca em Carrington Lane, Liberty Green e Dina Ronson, revelando traumas, tensões familiares e decisões difíceis. A seguir, explicamos em detalhes tudo o que acontece no episódio e o que significa cada arco. Confira o resumo e a explicação do que rolou no episódio 5:
Recapitulação do episódio 5 de Tudo é Justo
O caso do episódio: o pré-nupcial que opõe mãe e filha
A equipe da Grant, Ronson & Green assume o caso de Juliana, uma mulher que deseja anular um acordo pré-nupcial assinado 40 anos antes. O elemento inesperado é que a disputa não envolve seu marido — diagnosticado com demência precoce —, mas a própria filha, Bethany, que se tornou tutora legal do pai.
Juliana não quer tirar vantagem da condição do marido. Ela deseja autonomia: acredita que permanecer casada seria viver presa a uma relação que já não existe. A discussão interna entre Liberty, Allura, Dina e Emerald expõe como pré-nupciais, em muitos casos, colocam mulheres em posições frágeis. Liberty se posiciona contra esse tipo de documento, mas recebe um alerta das amigas para evitar parecer hipócrita, já que ela mesma pode em breve assinar um.
Quando a arbitragem começa, porém, tudo é resolvido rapidamente. Liberty sugere que mãe e filha conversem fora do tribunal, e Juliana, em um gesto emocional, explica seus motivos diretamente à filha. Bethany compreende a situação e concorda em liberar a mãe sem resistência. O caso serve mais como chave para o arco de Liberty, que, após essa experiência, aceita o pré-nupcial proposto por Reggie — com alguns ajustes — acreditando que o documento, no novo contexto, não representa ameaça ao relacionamento.
Quem é Carrington Lane?
O episódio mergulha na vida privada de Carrington e tenta explicar seu comportamento errático. A advogada demonstra afeto intenso pela filha, Ami, mas sua vida pessoal é marcada por impulsos e decisões impulsivas.
Carrington descobre que Ami não tem amigos na escola e reage de forma descontrolada: chora durante uma reunião com clientes e decide que precisa mudar a filha de colégio imediatamente. Para isso, Ami deverá escrever uma redação para uma instituição elitista.
Enquanto lida com essa crise, Carrington bebe com Chase — ex de Allura — e quase se envolve com ele, revelando fragilidade emocional. Ainda abalada, é presa por dirigir alcoolizada e pede ajuda a Alberta Dome, advogada rival de Allura. Alberta vê na vulnerabilidade de Carrington uma oportunidade e propõe uma aliança estratégica para derrubar Allura.
Carrington, seduzida pela chance de ter alguém que a compreenda, aceita a parceria. Paralelamente, incentiva Ami a escrever sobre temas sensíveis — incluindo episódios de automutilação da própria mãe — como forma de garantir a vaga na nova escola. A relação entre as duas é intensa, mas cheia de tensões que indicam que Carrington tenta ser uma boa mãe, embora não saiba como equilibrar emoção e responsabilidade.
Dina e o avanço da doença de Doug
O núcleo mais trágico do episódio é o de Dina, cujo marido Doug enfrenta os estágios finais de um câncer. Ela tenta manter a rotina profissional enquanto cuida integralmente dele. No debate inicial sobre o caso de Juliana, Dina afirma que votos de casamento exigem compromisso mesmo diante da doença — uma fala que revela sua própria situação.

Doug, porém, finalmente confessa que não há mais tratamentos possíveis. O médico já havia alertado sobre a necessidade de organizar assuntos pessoais, mas ele adiou essa conversa para não ferir Dina. Quando a verdade vem à tona, ela reage com negação, propondo novos médicos e tratamentos.
Doug pede apenas força. Incapaz de conter a dor, Dina desaba. A cena final mostra a personagem sozinha na cozinha, quebrando objetos e liberando a raiva acumulada enquanto a chaleira apita ao fundo. O episódio encerra com Dina diante de um luto antecipado que ela não sabe como enfrentar.
O significado do final do episódio 5 de Tudo é Justo
“This Is Me Trying” aborda diferentes formas de pressão: a de uma mãe tentando entender a solidão da filha, a de uma esposa enfrentando um adeus inevitável e a de uma mulher tentando se libertar de um casamento que já acabou. O episódio reforça que a série usa casos jurídicos como espelho para conflitos internos das personagens, que lidam com escolhas difíceis, medos e perdas.
A promessa do próximo capítulo de tudo é Justo é clara: Dina ocupará o centro da narrativa enquanto encara o maior desafio de sua vida — aceitar a despedida de Doug.