O episódio 7 de Tudo é Justo (All’s Fair), intitulado “Letting Go”, aprofunda os temas de perda, pertencimento e reconciliação emocional. Após o colapso de Carrington Lane no capítulo anterior e a morte de Doug, o episódio alterna entre momentos de humor desconfortável, tensões dentro do escritório e o luto profundo de Dina, agora confrontada com a necessidade de seguir adiante. A narrativa também abre espaço para uma reaproximação entre Allura e Chase, indicando novos rumos para o casal. Confira a análise e resumo do episódio 7:
Recapitulação do episódio 7 de Tudo é Justo
Dina diante da perda e a fuga da realidade
O capítulo começa com Dina se preparando para dormir, em uma rotina aparentemente comum. Porém, logo se revela que a personagem ainda não consegue aceitar a morte de Doug. Ela conversa com o marido como se ele estivesse vivo ao seu lado, evidenciando um estado de negação que guia toda sua participação no episódio. A atuação de Glenn Close sustenta esse arco emocional, equilibrando fragilidade e resistência.
Enquanto isso, no escritório, Liberty comenta que tentou falar com Dina, mas foi atendida pela empregada. Já Allura e Emerald conseguiram contato e afirmam que a amiga apenas precisa de espaço. É nesse contexto que Allura tenta comparar seu divórcio com Chase à perda de Dina, o que gera um confronto imediato com Emerald — um dos raros momentos em que alguém verbaliza os excessos de Allura.
A conversa revela também a insegurança crescente de Liberty. Ela se sente excluída, acredita que seu sotaque britânico a torna sempre uma estrangeira e confessa que descobriu que Allura marcou a audiência do divórcio em uma data em que ela estaria fora da cidade. A personagem, pela primeira vez, externaliza o sentimento de deslocamento que a acompanha desde o início da série.
Visitas a Dina e a curiosa conexão entre Carr e Liberty
Decidida a ajudar Dina, Liberty vai até sua casa — e encontra Carr chegando com o mesmo objetivo. A dinâmica das duas, inicialmente marcada por rivalidade, ganha tons inesperados de entendimento. Cada uma traz um prato para Dina, mas encontra a amiga cozinhando a receita de omelete que Doug a ensinara. Dina afirma que não está sozinha, pois Doug “está ali em cima”, revelando o grau de sua desconexão com a realidade.
É nesse contexto que Carr conta uma história bizarra da infância envolvendo seu gato morto, usando-a para consolar Dina. A cena, embora desconcertante, aproxima as duas, e Liberty deixa o local, percebendo que Carr assumiu um papel central naquele momento.
Allura e Chase buscam encerramento — ou recomeço?
Enquanto o núcleo de Dina lida com o luto, Allura se encontra com Chase para tomar um drinque. Influenciada pela morte de Doug, ela decide perdoá-lo e encerrar o divórcio de forma pacífica. Para evitar arrependimentos, entrega a Chase um conjunto de documentos detalhando tudo o que precisam resolver antes de seguir em frente.
Durante a conversa, Allura aborda o vício em sexo de Chase e diz que ele precisa reconhecer os danos causados a outras pessoas. Com ajuda de Emerald, que montou uma lista de antigos casos do atleta, Chase inicia uma série de pedidos de desculpas. Uma das cenas mais marcantes envolve Maria, a mulher trans com quem ele viveu um relacionamento clandestino. Embora ela aceite o pedido de desculpas, sua fala revela mágoas profundas camufladas sob pragmatismo.

Liberty, por sua vez, tenta retornar à casa de Dina e encontra Carr instalada ali. A entrega de flores vira um convite para o velório improvisado organizado por Carr — um evento que reúne vários personagens e amplia ainda mais o contraste entre suas personalidades.
Dina em crise e um velório caótico
O velório revela a transformação de Carr no episódio. Ela está mais vulnerável, quase gentil, e confessa a Emerald que talvez tenha cometido um erro ao montar a cerimônia, já que Dina permanece trancada no quarto com Doug. Emerald tenta ajudar e consegue convencer Dina a sair, mas Liberty estraga o momento ao contratar músicos com colchas xadrez para tocar uma despedida “apropriada”. É mais um exemplo de sua desconexão emocional com o grupo.
A tensão cresce até que Allura chega, completando o quarteto. A presença das quatro amigas cria uma atmosfera mais acolhedora, e Dina começa a se abrir. Elas conversam sobre a trajetória do casal, destacando o amor e a estabilidade que marcaram o casamento de Dina e Doug. É Emerald quem verbaliza o momento mais importante: a ideia de que a energia que mantém alguém vivo já partiu.
A fala marca a virada emocional do episódio. Dina finalmente se despede de Doug, em uma das cenas mais fortes da temporada.

Crítica do episódio 7 de Tudo é Justo
Um reencontro que muda o rumo da temporada
Paralelamente, Chase tenta se desculpar com Milan, mas estraga tudo ao reivindicar a guarda total da criança, em mais um momento que evidencia sua imaturidade. Allura tenta ajudá-lo, mas o comportamento de Chase torna a reconciliação impossível.
Ainda assim, o episódio termina com uma reviravolta. Allura, que havia decidido seguir em frente, passa a noite com Chase. Pela manhã, ele pergunta se devem tentar novamente o relacionamento — sem pressa, sem casamento, apenas retomando o vínculo que existiu entre eles.
A cena final do episódio 7 de Tudo é Justo abre espaço para novas possibilidades e levanta a pergunta que deve acompanhar os últimos capítulos da temporada: Allura e Chase vão reatar de vez? Em uma série criada por Ryan Murphy, tudo é possível — inclusive uma gravidez inesperada que mude todas as dinâmicas novamente.