O episódio 5 de Pluribus, intitulado “Tem Leite”, aprofunda a jornada solitária de Carol e amplia o mistério em torno dos Unidos após os acontecimentos traumáticos do capítulo anterior. A produção do AppleTV+ (assista aqui) continua centrando suas tensões na relação entre autonomia, sobrevivência e desconhecimento, enquanto o roteiro coloca Rhea Seehorn praticamente sozinha em cena para construir um capítulo de investigação e isolamento. A seguir, o resumo completo, a explicação do final e a análise do episódio 5.
Recapitulação do episódio 5 de Pluribus
O início no hospital
O episódio começa ainda no hospital, com Carol recebendo uma ligação de Laxmi. Em vez de acolhimento, ela escuta uma reprimenda por ter feito “todo mundo chorar”, sem que suas descobertas sobre os Unidos recebam qualquer atenção. Enquanto isso, Zosia permanece desacordada após a parada cardíaca sofrida no episódio anterior.
Atordoada e sem rumo, Carol vaga pelo hospital até adormecer. Quando acorda, encontra o local completamente vazio — não há um único Unido presente, e Zosia também desapareceu. Uma gravação deixada no telefone indica que eles estavam ali por ela, mas decidiram se afastar momentaneamente.
Ao subir até o telhado, Carol finalmente compreende a dimensão da situação: os Unidos estão deixando a cidade em massa. Caminhando em fileiras, sem pressa e sem hesitação, eles seguem para todos os lados. É assim que o episódio salta para o oitavo dia e 22 horas desde o êxodo coletivo, deixando Carol em completo isolamento.
De volta à sua casa, Carol monta a câmera novamente para gravar uma mensagem direcionada a outros possíveis sobreviventes. Ela afirma ter descoberto que é possível reverter a transformação dos Unidos, pedindo que trabalhem juntos caso encontrem o vídeo. O pacote com a gravação é deixado no fim da garagem, acompanhado também de uma mensagem de voz dirigida aos próprios Unidos para que se encarreguem de disseminar seu aviso.
Um drone aparece para recolher o material, mas nenhum Unido retorna pessoalmente. A ausência de controle humano sobre o lixo acaba atraindo cães selvagens, que invadem o quintal de Carol — inclusive cavando o local onde Helen foi enterrada. Sem apoio, Carol espanta os animais usando o carro de polícia, dormindo dentro dele à noite para proteger o espaço.
No dia seguinte, ela precisa lidar com o drone preso no poste de luz, e ao se aproximar da área central, percebe algo que chamou atenção: pilhas de embalagens de leite vazias espalhadas por toda parte. A pista a leva a uma fazenda leiteira local.
No local, Carol encontra indícios de que os Unidos estão produzindo algum tipo de mistura. Água e um misterioso pó branco — de pH neutro — parecem compor uma fórmula consumida pela colmeia. Mas ela ainda não sabe o que o composto realmente significa. A investigação a leva até um armazém chamado Agri-Jet, onde encontra um freezer gigantesco repleto de comida… e algo mais.
Ao puxar uma lona branca, Carol reage com choque ao que vê — mas o episódio termina sem revelar o conteúdo.
Explicação do final do episódio 5 de Pluribus
O quinto episódio termina estabelecendo uma nova fronteira para o mistério da série: o que, exatamente, os Unidos estão ingerindo para manter o comportamento uniforme? As embalagens de leite e o pó branco sugerem uma ligação direta com os caminhões já observados anteriormente transportando corpos. A pista ganha força ao lembrarmos que o pH encontrado corresponde ao do tecido muscular humano.
O freezer pode ser a confirmação de que os Unidos utilizam restos humanos como sustento ou como parte de uma substância que estabiliza o estado coletivo. A série não entrega a resposta ainda, mas coloca Carol no centro dessa descoberta — justamente ela, a única que tenta romper a “colmeia”.
Além disso, o afastamento dos Unidos indica que eles temem o que Carol sabe. Ao deixarem a cidade, dão espaço para que ela investigue, o que abre caminho para que a personagem avance em direção a outras revelações.
O episódio também aponta para uma possível união futura entre Carol e Manousos. Entre os poucos sobreviventes, ele é o único que demonstrou resistência e rejeição completa ao coletivo.
Crítica do episódio 5 de Pluribus, “Tem Leite”
O isolamento físico e emocional da protagonista
“Tem Leite” coloca Rhea Seehorn no controle absoluto da narrativa. Com a ausência quase total dos Unidos, o capítulo mergulha no isolamento físico e emocional da protagonista, explorando a deterioração psicológica e o instinto de sobrevivência. O ritmo desacelerado favorece a construção de tensão, enquanto o roteiro amplia as perguntas centrais da temporada.
O episódio deixa o público diante de um fim enigmático. A revelação no freezer será decisiva para entender como os Unidos funcionam — e também como podem ser derrotados.