A Agente (The Asset), série dinamarquesa que estreou na Netflix em 27 de outubro de 2025, conquistou o público com seu suspense tenso, ritmo contido e personagens cheios de contradições dignas de um bom noir nórdico. Com apenas seis episódios de 45 minutos, a primeira temporada contou uma história fechada, mas deixou brechas suficientes para que o público começasse a especular sobre uma possível continuação. E se uma 2ª temporada for confirmada, há bons motivos para acreditar que a trama ainda tem muito a explorar.
O destino de Tea
O último episódio deixou em aberto o futuro de Tea (Clara Dessau), a agente infiltrada que passou a viver entre a lealdade à polícia e a empatia por quem deveria enganar. Após as revelações finais, é possível que uma nova temporada mostre as consequências de suas decisões e como ela lida com o peso psicológico de sua missão. A série sempre tratou da linha tênue entre o certo e o errado — e a segunda parte pode aprofundar essa jornada moral.
Novas ameaças e velhas alianças numa 2ª Temporada
A eventual 2ª temporada de A Agente também pode ampliar o universo da série, trazendo novos criminosos e operações secretas. O PET, serviço de inteligência dinamarquês, provavelmente voltará a recrutar Tea, agora mais experiente, mas também mais desconfiada. Isso abriria espaço para novos jogos de manipulação e traições dentro da própria agência, algo que o roteiro de Adam August gosta de explorar.
Possível foco de A Agente em Ashley e Miran
Outro ponto em aberto é o destino de Ashley (Maria Cordsen) e sua filha. A relação entre Tea e as duas foi o coração emocional da primeira temporada, e a nova fase pode retomar esse vínculo sob novas circunstâncias. Mesmo com o desfecho de Miran (Afshin Firouzi), o impacto de suas ações ainda ecoa sobre todos os personagens, e a série pode revisitar esse trauma de forma mais íntima.
Estilo e identidade de A Agente devem se manter
Mesmo que traga novos personagens e conflitos, é provável que A Agente mantenha o estilo que a definiu: um noir nórdico focado em tensão psicológica, ambientação fria e dilemas morais. A força da série está menos nas reviravoltas e mais na complexidade humana dos personagens — algo que deve continuar a ser o centro da narrativa.
Se a Netflix confirmar a 2ª temporada, o público pode esperar uma continuação sombria, moralmente ambígua e emocionalmente intensa. A Agente mostrou que o jogo da espionagem é tão perigoso quanto viciante — e Tea ainda tem muito a perder (e a esconder) antes de encerrar sua história.