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Game of Thrones S08E04 – The Last of Starks | Crítica

Episódio traz a intriga de volta a Game of Thrones

Muito se fala que Game of Thrones virou uma fanfic desde que continuou a história de onde os livros pararam. O episódio dessa semana, intitulado The Last of Starks, continua com decisões questionáveis mas traz um pouco das raízes da série de volta com bons diálogos e intriga. Confira nossa crítica com spoilers.

Coerência de Personagens

Para resumir de uma boa forma, esse foi um episódio em que os personagens tiveram ações bem coerentes com suas personalidades. Primeiramente, tivemos Arya repetindo novamente que nunca quis ser uma lady e agora recusando o convite do agora Gendry Baratheon. Outra personagem do núcleo Stark que possui ações justificadas é a Sana, a personagem já sofreu muito principalmente por pessoas do Sul e tem todos os motivos para não confiar mais em ninguém que não é da sua família.

Falando de mais personagens Stark, é compreensível que Jon não consiga guardar um segredo tão importante por ser incapaz de mentir. O personagem é a definição de Leal e Bom e o filho de Ned que mais representa o pai. Mas é triste ver mais uma vez como a produção da série trata os lobos de forma ridícula, fazendo o Jon se livrar do Fantasma sem nem dizer um adeus. Ainda sobre Jon, aquela despedida que ele deu a Sam e Gilly foi a de personagens que não vão mais se ver. Isso me deixa preocupado com o destino que aguarda o personagem.

Bronn foi outro personagem que seguiu suas origens quando desistiu de matar os irmãos Lannisters por um acordo, mas acho que a cena foi longa demais para no final acabar não dando em nada. Felizmente, essa foi uma das cenas onde Tyrion brilhou, consagrando-o como o melhor personagem do episódio.

Tyrion de volta

Tyrion era um dos personagens mais queridos por causa das suas políticas e diálogos ácidos, mas isso tinha ficado para traz nas temporadas passadas. Para alegria dos fãs, o personagem voltou às suas origens entregando diálogos maravilhosos e usando muito bem a sua lábia para pelo menos tentar conseguir o que quer. Seu diálogo com Varys fez todo sentido pois o eunuco sempre disse que luta pelo povo e agora sabe que Jon seria um rei muito melhor que Daenerys.

Uma das cenas que ficou mais incoerente com as ações do personagem foi a despedida de Jaime e Brienne. Jaime é um personagem que já foi e voltou muitas vezes por causa de Cersei, agora pelo que deu a entender ele ficou com medo pela segurança de Cersei e está mais uma vez voltando para ela. Eu não acredito que ele vá ficar do lado de Cersei, mas mesmo que ele tenha mais uma redenção, é esquisito ele voltar mais uma vez por causa dela. Ao final, pelo menos tivemos uma ótima cena dramática com Gwendoline Christie mostrando que sabe chorar como ninguém.

Existe um problema sério em colocaram o Rei da Noite como um desafio secundário na série. Pois agora, depois de enfrentarem um mal sobrenatural e super poderoso, eles precisam fazer de tudo para deixar Cersei mais forte e colocar os heróis uns contra os outros. Daenerys já mostrou que pode ser bem fascista e autoritária em suas ações antes, mas a série tem poucos episódios e precisam transformá-la em uma vilã em pouco tempo.

Conclusão

Para encerrar e coroar o episódio, tivemos uma fantástica cena final aos portões de Porto Real. Toda a construção da cena foi muito bem feita pelo diretor David Nutter, em cooperação com a maravilhosa fotografia de David Franco e a sempre precisa trilha sonora de Ramin Djawadi. Peter Dinklage entrega uma maravilhosa atuação enquanto está sendo filmado sempre de cima para baixo para mostrar sua posição inferior. Já Cersei é filmada de baixo para cima para mostrar que está no poder e tem a vida de todos na mão.

The Last of The Starks é um episódio com pontos baixos e altos. Por um lado, o episódio perde muito tempo em cenas longas demais que não avançam muito na história nem desenvolvem personagens bem, fazendo com que alguns até voltem a estados que estavam antes. Por outro lado, o roteiro e a direção trazem muito do Game of Thrones das primeiras temporadas, focando em diálogos ácidos e muita intriga.

Ps: Mas o que deu mesmo a falar foi o copo de Starbucks deixado em cena.