CONVIDADA DO ‘BIPOLAR SHOW’ DA TERÇA, DIA 31, MARIA RIBEIRO ADMITE: ‘ESTOU EXAUSTA DE SER EU’
Convidada de Michel Melamed no próximo “Bipolar Show”, na terça, dia 31 de outubro, âs 21h30, no Canal Brasil, Maria Ribeiro revela várias curiosidades sobre sua personalidade. Diz que é reativa, alerta, e que é “muito sensível e muito frágil”. A atriz se define como uma “coxinha de esquerda”, fala sobre velhice, magreza, dieta, e sobre sexo. Leia mais:
Amor: “Amor eterno é ficar magra sem fazer exercício e ter filhos felizes. Eu acho que tive filho só pra isso (pelo amor incondicional). Mas aí me falaram que a partir dos 20 você deixa de ser importante pros filhos. É verdade, é óbvio.”
Personalidade: “Eu estou exausta de ser eu, queria ser outra coisa. Não sei o que eu sou, mas sou uma pessoa que penso muito, por isso tenho que beber o tempo inteiro… eu acho.”
“Eu tenho uma coisa infantil, assim, de querer sempre o que não está do meu lado. Eu seduzo todo mundo fingindo que eu não quero seduzir, tipo falando mal de mim, tentando ser engraçada. O Domingos Oliveira fala uma coisa maravilhosa, ele diz: ‘Maria, você fica elogiando todo mundo para parecer que você é legal, e no fundo a sua vaidade é parecer que você é legal elogiando. Você não é legal.’”
“Eu estou pensando no meu eu há muito tempo. Meu eu está exausto, mas eu sou uma pessoa reativa, mas estou exausta. Às vezes eu vejo uma pessoa me olhando, e ela fica me olhando, e eu falo: ‘Pois não?’. Aí a pessoa vem me dizer que gosta do meu trabalho. Eu fico super sem graça.”
“Eu estou com o tema da idade, da passagem do tempo, de fato. Se você não pensa sobre isso é estranho. Eu perdi meu pai, minha mãe tem 79. Você passa a ser o próximo da fila, né?”
“Eu sou muito atenta a tudo, desde criança eu sou uma pessoa alerta. Eu tenho um problema de défict de atenção, eu acho. Faço análise freudiana duas vezes por semana há 20 anos. Eu me perdi num navio uma vez, quando eu tinha 7 anos, e fiquei muito tempo sem confiar em ninguém. Passei anos me recuperando, até hoje.”
“Eu não quero ficar sofrendo com as pessoas. Estou com 41 anos. Eu fiz Fátima Toledo, né? E foi uma experiência, tudo tem o seu valor. Sofri, sofri. Sofri com Wagner Moura, é um sentimento diferenciado (risos). Fico com medo de não ser gata. Envelhecer é foda. Agora está tudo bem, se eu pudesse dar uma congelada..”
Experiências: “Eu e Caio (Blat) fizemos dois filmes juntos, num deles a gente pega uma loura sensacional juntos. Eu não tenho coragem desse negócio de ter outra pessoa, eu quero um ménage ainda, é um projeto de vida meu. mas tem que ser com duas pessoas desconhecidas. Desconhecidas, não, conhecidas, mas não com uma pessoa com quem eu tenha uma relação, se não vou ter ciúme.”
“Eu tive uma experiência profissionalmente que foi incrível. Com a Livia de Bueno. Ela é uma deusa e beija muito bem. A gente estava na série “Oscar Freire 279” e eu era a experiente, a pegadora. E falei para a diretora que eu nunca tinha ficado com mulher. Então bebi um uísque, fumei um beck, fiquei bem louca. Eu tinha que agarrar a Livia, e foi sensacional, fiquei tipo muito a fim dela. E aí quando acabou a cena, eu falei, ‘não sei por que não sou gay, olha que coisa excelente foi beijar essa menina?’ Mas eu só beijei porque a diretora mandou, e tinha uma câmera. Aí, no ano passado, de novo, dei um beijo numa menina numa festa. Eu me sinto uma coxinha de nunca ter trepado com uma mulher, entendeu?”
“Eu sou uma coxinha, uma coxinha de esquerda, eu quero que melhore pra todo mundo, eu me preocupo com o outro, mas acho muito hipócrita o ‘Ai, como sou puro’. Eu não acredito em ninguém que é puro. Vejo um monte de ator e atriz vendendo engajamento, que muitas vezes é real, mas que a gente precisa admitir que a gente “não somos todos ninguém”. Não aguento esse negócio de “somos todos”. Não somos todos. Não somos todos Maju (em referência à jornalista Maju Coutinho, alvo de racismo). Eu não sou negra, nunca sofri racismo. Eu tenho profunda empatia, me solidarizo, eu acho que a gente tem que defender as causas que não são nossas, principalmente, mas sem hipocrisia. O “somos todos” pra mim é vazio e hipócrita.”
“Eu preciso ter coisas que odeio. Não sou movida a raiva, sou movida a amor, mas sou muito sensível e muito frágil, eu preciso dar porrada, se não, não dá. Eu fico emocionada quando vejo as manifestações das pessoas profundamente conectadas, mas ao mesmo tempo horrorizada com a manada. Quando todo mundo pensa da mesma maneira, eu fico irritada, tenho que mudar de lado pela dialética. Essa coisa do grupo é o Ibsen, né? “A maioria é burra”. O Nelson Rodrigues, “o direito não pertence à imbecilidade, pertence à inteligência”, isso é uma frase do inimigo do povo.”