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Tidelands – 1° Temporada | Crítica

Serie australiana levando o selo original Netflix e com o ator brasileiro Marcos Pigossi, Tidelands tenta criar um novo cânone em um mito pouco explorado.

Buscar uma nova mítica e brincar com conceitos estabelecidos e pouco aproveitados, sempre geram produtos interessantes. E é justamente a proposta da série australiana, que carrega o selo de produção original Netflix, Tidelands.

Na trama acompanhamos a jovem Cal McTeer (Charlotte Best) que por conta de um crime, teve que passar 10 anos na prisão, ou seja, ela perdeu muita coisa. Aos 24 anos, ela decide que depois de cumprir a sentença de um crime do qual se julga inocente, ela irá voltar para sua cidade natal, Orphelin Bay e tentar ver se consegue alguma compensação financeira que lhe ajude a recomeçar. Mas ninguém volta pra casa sem arestas para apontar, não é?

Ela possui muitas historias inacabadas, inclusive descobre que o seu pai, Pat McTeer (Dustin Clare), que desapareceu de forma misteriosa, é envolvido em um esquema de trafico de drogas bastante inusitado. Seu irmão Augie (Aaron Jakubenko) é que está à frente dos negócios da família, conseguindo a droga de um povo com muito para contar, os Tidelands.

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Divulgação / Netflix

No decorrer dos episódios, vamos conhecendo mais desse povo e descobrimos que eles são híbridos, meio humanos e meio sereias . Vivem todos separados da população de Orphelin Bay, em L’Attente, uma especie de santuário, onde essa sociedade matriarcal esconde muito segredos. A maior parte deles são da Rainha dos Tidelands, Adrielle Cuthbert (Elsa Pataky). Ela mantém esse esquema de vender drogas que estão no fundo no mar para a família de Cal há muitos anos e quando digo que são muitos…é porque são.

Mas porque seres cheio de misticismo precisam de dinheiro do trafico?

Adrielle esconde segredos antigos de seus protegidos e o dinheiro é para adquirir peças de um artefato esquecido por homens e pelos Tidelands, que ajudará no auxilio de Adrielle a conquistar tudo o que deseja e entrar em contato com suas verdadeiras mães, as Sereias.

O brasileiro Marco Pigossi faz sua estreia em produções internacionais nesta serie, conhecido do grande publico do Brasil por personagens em novelas, ele desbrava novos cenários e interpreta o protetor Dylan, um Tideland que se apaixona por Cal mas guarda uma devoção por sua rainha, e entra em duelo consigo em toda a trama.

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Divulgação / Netflix

Mas onde entra Cal nesta pescaria toda? Bom, a jovem ex presidiaria acaba sendo o foque de toda a trama, pois existem segredos envolta de sua origem que nem mesmo ela sabe, trazendo assim angustia e muita morte no caminho da jovem.

Como falei no inicio, é uma serie que tenta quebrar um mito pouco utilizado e agregar ao seu cânone misturando ação, tramas cheias de sangue e traição e um legado de guerras entre humanos e o povo dos mares.

As atuações deixam um pouco a desejar e em alguns momentos, os efeitos também, vide na hora em que Cal esta em um momento intimo com outro personagem que não citei (sério, tem muita gente e muita coisa acontecendo que em alguns momentos, gera uma confusão), que é Corey (Mattias Inwood). Cal vai gerar um ferimento no rapaz, mas dá pra ver que ele já esta com as marcas, antes mesmo dela tocar. Outra coisa que não falta na serie são pessoas lindas e peladas, afinal é uma serie sobre sereias e tritões (bom, pelo menos metade deles é, a outra é humano) a sensualidade é algo bem aflorado na serie, cuidado com as crianças.

Entre altos e baixos, Tidelands apresenta em sua primeira temporada uma historia que empolga e dá vontade de curtir as próximas. Esperamos que as falhas existentes sejam sanadas e o passado de L’Attente e suas rainhas/mães sejam mostradas, porque deixaram um baita gancho para trabalharem no ano 2.