Marvel – Punho de Ferro s01e03: “Soco de trovão, estrondo de canhão” | Review

Danny inconstante, conexão com Defensores e Colleen badass no 3º episódio de Punho de Ferro

Depois dos acontecimentos de “Das sombras, falcão alça voo”, é hora de conferir como será a rotina de Danny Rand em Marvel – Punho de Ferro fora do hospital psiquiátrico. A série da parceria Marvel / Netflix começa aqui a inserir novos elementos e conexões com os Defensores.

O episódio se inicia com Colleen Wing (Jessica Henswick) tendo seu dojo invadido por capangas das Empresas Rand, onde aprendem uma dura licção sobre não invadir a propriedade alheia. Na verdade, eles buscavam o foragido Danny Rand (Finn Jones) no local, que logo descobrimos estar ali sem o conhecimento de Colleen. Após uma inicial resistência, Danny a convence de ficar ali contanto que pague o aluguel do dojo, use o banheiro do Starbucks e toma um banho. Não sem antes mostrar a Colleen suas habilidades como Punho de Ferro.

Ao mesmo tempo acompanhamos a reação de Harold Meachum (David Wenham) ao saber da fuga de Danny. Mas o que mais irritou o atual dono (na prática) da empresa foi a tentativa de matá-lo promovida por seu filho Ward (Tom Pelphrey). A ordem era de apenas levar Danny a um local seguro e tratar da situação a partir disso, porém, mais uma vez seu filho o desobedeceu. É muito interessante a dinâmica pai e filho ente os dois personagens, e os créditos para que isso seja interessante vão para Wenham que está muito bem no personagem, que obviamente esconde alguns segredos importantes para a trama nessa temporada. Quanto a Ward, trata-se de um personagem comum e mundano, mas que busca seu lugar ao sol principalmente em relação a se provar para o pai. Pode crescer ao longo da temporada, ou então ser usado como muleta narrativa (façam suas apostas).

Outro ponto importante em “Soco de trovão, estrondo de canhão” é o encontro de Danny com Joy Meachum (Jessica Stroup). Antes de tudo, um falha bizarra do roteiro: como um cara que é perseguido pelas Empresas Rand (e não quer ser pego) fica meditando em frente à casa de um dos maiores líderes da empresa? Por mais que Joy tenha se arrependido e agora acredite nele, deveria haver seguranças da empresa por lá. No mais, começamos a ver realmente até onde a garota é capaz de ir para alcançar seus objetivos, diferindo bastante da personagem apresentada na estreia (méritos para o roteiro dessa vez).

Finalmente interligando o MCU da Netflix, esse episódio de Punho de Ferro interage diretamente com outro Defensor, ou nesse caso defensora: Jessica Jones. Lembram-se de Jeri Hogarth, a advogada interpretada por Carrie-Anne Moss (a Trinidy de Matrix)? Pois é justamente ela que Danny busca para ajudá-lo em relação à parte jurídica das Empresas Rand, apresentando assim uma nova vertente narrativa para essa temporada. Outro momento de ligação com esse universo expandido é a aparição de Madame Gao (Wai Ching Ho) no confinamento de Harold, cobrando explicações a respeito de sua vadiagem na noite anterior.

Na reta final desse capítulo temos a primeira luta clandestina de Colleen sob a alcunha de Filha do Dragão, referência direta às HQs da Marvel Comics. Desse modo, a personagem vai se tornando a mais legal de se acompanhar em Punho de Ferro pelo seu caráter badass mas também cheia de defeitos e coisas a aprender. A sensação que fica é de que a série poderia usar muito mais da violência e lutas de Demolidor que, aliado a um texto ousado, teria potencial para ser um dos melhores programas da Netflix.