A Casa do Dragão completa 1 ano: confira curiosidades

COM INSPIRAÇÃO NA REALIDADE

Apesar das tramas forjadas por George R. R. Martin serem repletas de fantasia, o autor entrelaça elementos extraídos de eventos verídicos em sua escrita. Ele compartilhou que a narrativa de A Casa do Dragão – baseada em seu livro “Fogo & Sangue” – encontra inspiração em alguns desdobramentos da história da monarquia inglesa do Século XII. Após a trágica morte do único herdeiro legítimo de Henrique I, que pereceu ao tentar atravessar o Canal da Mancha, o monarca determinou que sua filha assumisse o trono como herdeira. Mediante o juramento solene de todos os senhores do reino, prometendo lealdade ao reinado de Matilda, parecia assegurada a continuidade dinástica. Todavia, ao falecer Henrique I, os lordes quebraram suas juras. O trono foi então disputado por seu tio, Estêvão de Blois, em oposição a quem Matilda e seu meio-irmão se insurgiram, dando início a um conflito bélico interno.

O TRONO DE FERRO

Na produção, o trono de ferro se apresenta substancialmente diverso daquele que se encontra em Game of Thrones. Embora os originais escritos por George R.R. Martin descrevam o trono como uma estrutura forjada a partir de milhares de espadas, para a série, os criadores optaram por uma versão híbrida. Esta adaptação homenageia tanto a concepção literária quanto o icônico trono que os milhões de seguidores da série original reconhecem mundo afora. Concebido após a conquista de seis dos sete reinos de Westeros por Aegon I Targaryen, em “A CASA DO DRAGÃO”, o trono é moldado pelas lâminas que pertenceram a seus derrotados adversários, simbolizando seu domínio supremo. Com pontas afiadas capazes de ferir o monarca que ousa se assentar, este é um trono desconfortável, como simbolizado pelas marcas de Viserys, servindo como constante lembrança de seu imenso poder.

A MAGNITUDE DOS DRAGÕES

A Casa do Dragão nos presenteia com uma pluralidade de dragões bem mais significativa se comparada a Game of Thrones. No processo de criação dessa nova saga, George R.R. Martin almejou conferir aos dragões uma identificação simplificada tanto para os personagens quanto para o público, inclusive durante suas velozes investidas pelo céu. Inspirando-se nas variadas tonalidades dos répteis reais, ele atribuiu a cada dragão uma coloração singular e memorável, estabelecendo uma rápida associação com seus cavaleiros. Por exemplo, Rhaenyra possui o dragão Syrax, de escamas amarelas, cujo nome presta homenagem a uma deusa valiriana antiga; o primogênito do segundo casamento de Viserys, Aegon, é parceiro de Sunfyre, um jovem dragão gigante cujas escamas douradas e fogo igualmente dourado o demarcam; o colossal dragão Caraxes é a montaria de Daemon; e Rhaenys, uma rainha fictícia, é ligada a Meleys, cujas escamas rubras são emblemáticas. Você consegue identificar a qual personagem cada dragão pertence?

A TERCEIRA ESTIRPE VALIRIANA

Os Targaryen, embora uma casa antiquíssima, têm origens em Valíria, não em Westeros. Conjeturando o iminente colapso de Valíria, eles migraram da metrópole e fixaram residência na ilha vulcânica de Pedra do Dragão. Paralelamente à Casa Targaryen e à Casa Velaryon, uma terceira Casa emergia na antiga Valíria: a Casa Celtigar. Essa família tem uma fugaz aparição na série, mas é intrigante ponderar se ela talvez seja uma das últimas remanescentes de Valíria antes de sua queda. No desfecho de A Casa do Dragão, o senhor Bartimos Celtigar surge em Pedra do Dragão. Será isso um prelúdio ao que veremos na segunda temporada?

ADAGA DE AÇO VALIRIANO

Viserys e Rhaenyra submetem a lâmina de aço valiriano ao fogo, destacando seu poder grandioso. A referida adaga desempenha um papel relevante em A Casa do Dragão, assim como em Game of Thrones. Viserys compartilha com sua filha Rhaenyra que a adaga pertencera a Aegon, trazendo gravada em sua lâmina a profecia: “Do meu sangue nascerá o príncipe prometido, e dele será a canção de gelo e fogo”. Poderia essa adaga ser a mesma que Arya possui em “A GUERRA DOS TRONOS”, com a qual ela derruba o Rei da Noite, selando o destino dos Caminhantes Brancos?

A NEGADA FILIAÇÃO

No episódio 8, Alicent censura seu filho Aegon após descobrir que ele cometeu abusos contra uma jovem chamada Dyana, declarando: “Você não é meu filho”. Essa reprimenda denota que ela questiona a aptidão dele para herdar o legado conjunto dos Targaryen e Hightower, assim como seu direito ao trono. Essa declaração impactante é similar à que Tywin Lannister proclama a seu filho Tyrion, a quem sempre rejeitou e humilhou, na quarta temporada de GOT, momentos antes de Tyrion assassiná-lo com a balestra que viria a selar sua morte.

ANTESVISÕES DE HELAENA TARGARYEN

Helaena Targaryen, filha de Viserys e Alicent, frequentemente proclama expressões que, à época, soam enigmáticas para seus circundantes, mas que, à medida que a narrativa avança, aparentemente se concretizam. “Você terá que fechar um olho”, menciona Helaena, enquanto Alicent conforta seu filho Aemond, prometendo-lhe que um dia ele terá um dragão para chamar de seu; na cena subsequente, observamos Aemond perder um olho para Lucerys, acusado por ele de apropriar-se do dragão Vhagar. Posteriormente, no oitavo episódio, Helaena repete: “Cuidado com a fera sob as pranchas”, antevendo Rhaenys emergir surpreendentemente do poço, montada em seu dragão Melys. Estas são premonições? Helaena possui a habilidade de vislumbrar os desdobramentos futuros?

O ENGORDA CARANGUEJO

O “Engorda Caranguejo” (Crabfeeder de acordo com seu nome em inglês), Craghas Drahar, ganhou seu apelido por sua prática sádica de saquear navios e transformar suas vítimas em comida para esses crustáceos. O vilão tem um detalhe interessante na aparência: sua máscara, obtida em um naufrágio, atrás da qual ele esconde o rosto doente com psoríase. A máscara tem uma semelhança com a máscara dos Filhos da Harpia que vemos em Game of Thrones. Será que eles são da mesma origem? Há uma conexão entre eles?