O sexto episódio de A Última Fronteira (The Last Frontier), série do Apple TV+ estrelada por Jason Clarke, marca uma virada na narrativa e traz à tona novas verdades sobre o papel de Havlock e o envolvimento do FBI nos bastidores da operação. Intitulado “O Diabo Usa Terno e Gravata”, o capítulo aprofunda a tensão após o apagão e insere na trama um dos vilões mais sombrios da temporada, o Dr. William Wigg, conhecido como “Anjo da Morte”. A seguir, um resumo completo e uma análise do episódio. Confira o resumo do episódio 6:
Recapitulação do episódio 6 de A Última Fronteira
A nova ameaça: o “Anjo da Morte” entra em cena
O episódio começa em meio ao caos provocado pelo apagão. Enquanto o grupo de Frank lida com a falta de energia e busca reorganizar suas forças, Havlock permanece em segurança com um gerador reserva. Longe dali, um novo perigo surge: o fugitivo Dr. William Wigg, um assassino em série e ex-médico que tortura dois paramédicos e rouba sua ambulância para escapar.
Conhecido por 36 assassinatos, Wigg se infiltra no hospital local fingindo ser um médico, onde acaba cruzando o caminho de Sarah. Desconfiada, ela alerta Frank, que decide ir pessoalmente investigar. O reencontro entre eles reacende a tensão emocional que perpassa a série desde os primeiros episódios, mas o foco logo se volta para o perigo que Wigg representa.
A caçada por Wigg e o dilema de Frank
Enquanto Frank se mobiliza para capturar o criminoso, Sidney tenta lidar com outra crise: o disco rígido sob investigação do FBI, que contém segredos potencialmente comprometores. O agente teme que o material seja usado para incriminar inocentes.
Frank convoca reforços e descobre, por meio de um contato em Chicago, que o mensageiro Vincent Thiago é praticamente um fantasma — há apenas uma fotografia dele em registros antigos. Paralelamente, Havlock volta a se comunicar, sugerindo que o piloto do transporte aéreo, Timothy O’Bannon, ainda está vivo, o que muda completamente o curso da investigação.
Dr. Wigg, por sua vez, chantageia o grupo: exige o dinheiro do cofre em troca da vida do piloto. Com o estado de O’Bannon se deteriorando e o tempo contra eles, Frank e sua equipe precisam agir rápido.
A verdade sobre o transporte e o passado de Sidney
Durante a busca pela ambulância, Sidney revela um segredo crucial. Ela admite que a queda do avião pode ter sido orquestrada — e não um acidente. Dois anos antes, ela havia participado de uma missão semelhante para eliminar um diplomata chinês, utilizando a mesma estratégia de sabotagem.
Agora, com o FBI prestes a incriminar Havlock, Sidney percebe que pode ser usada como bode expiatório. Se ele for preso, ela se tornará o alvo perfeito. Essa revelação reposiciona a personagem e aprofunda a rede de manipulações que permeia toda a trama.
O confronto no teatro e a captura de Vincent Thiago
A partir de uma pista sonora — o toque de sinos ouvido durante uma transmissão — Frank deduz que Havlock está escondido perto da Torre do Relógio Carillon, nas imediações de um antigo teatro. A equipe se dirige ao local e acaba caindo em um de seus planos. O espaço está repleto de armadilhas, mas o grupo consegue capturar Vincent Thiago, ainda que Havlock escape mais uma vez.
Com Vincent sob custódia, Frank descobre um provérbio grego que o faz ter uma ideia: iluminar uma pista improvisada com faróis de carros para permitir o pouso de um avião na Fazenda Rosie Creek. A iniciativa mobiliza os moradores e resulta em um dos momentos mais marcantes do episódio.

A chegada da caixa e a vingança da mãe
O avião pousa com sucesso e uma gerente de banco entrega a misteriosa caixa de segurança. Dentro dela, estão fotos das vítimas do Dr. Wigg. O destino reserva uma reviravolta amarga: a mulher é mãe de uma das crianças assassinadas por ele. Em um momento de catarse, ela atira em Wigg, matando-o no local.
Antes de morrer, o médico tenta justificar seus crimes, afirmando ter “libertado” as vítimas do sofrimento, incluindo o filho da mulher, doente terminal. O gesto, no entanto, apenas evidencia a perturbação de Wigg e o quanto o episódio explora o limite entre justiça e vingança.
A revelação final em A Última Fronteira: Havlock não é o vilão que parece
Enquanto Frank e Sidney interrogam o piloto, descobrem que Havlock salvou a tripulação durante a queda do transporte, assumindo o controle manual da aeronave e evitando um desastre maior. Essa revelação muda completamente a percepção do público sobre o personagem, que passa a ser visto menos como um terrorista e mais como alguém envolvido em uma conspiração muito maior.
No entanto, o alívio é breve. Sidney recebe a notícia de que o FBI apreendeu o pen drive — e que seu conteúdo contém provas que podem incriminá-la. O episódio termina com ela à beira do colapso, percebendo que a agência pretende transformá-la em culpada pelos eventos recentes.

Crítica do episódio 6 de A Última Fronteira
“O Diabo Usa Terno e Gravata” é um capítulo de transição que coloca os personagens em rota de colisão com as forças que operam por trás da trama principal. Ao introduzir o Dr. Wigg, o episódio combina tensão psicológica e drama moral, enquanto amplia as camadas políticas e institucionais da série.
A virada envolvendo Havlock, agora retratado como possível denunciante dentro de um sistema corrupto, reposiciona a narrativa e prepara terreno para os episódios finais. O tom sombrio e o foco na manipulação de evidências reforçam o tema central da temporada: o controle da verdade em meio ao caos.
Com essa mistura de conspiração, dilemas éticos e violência, The Last Frontier chega à sua reta final mais complexa e instigante, sugerindo que o verdadeiro inimigo pode não estar entre os fugitivos — mas dentro das próprias instituições encarregadas de caçá-los.