Análise e resumo do penúltimo capítulo da série do AppleTV+
“Convergir”, penúltimo episódio de A Última Fronteira, reúne todas as forças que a série desenvolveu ao longo da temporada para entregar um capítulo centrado em perseguições, alianças improváveis e no confronto direto entre Sidney e Jacque. Depois de um oitavo episódio mais silencioso, o nono recupera o ritmo acelerado e posiciona cada personagem diante de suas escolhas definitivas. Com todas as peças em movimento, a narrativa constrói um percurso que leva Sidney ao seu momento mais arriscado, ao mesmo tempo em que revela as intenções finais de Havlock, Frank e Jacque. Confira a explicação e resumo do que rolou no episódio 9:
Recapitulação do episódio 9 de A Última Fronteira
Frank e Havlock estão do lado de Sidney?
O episódio deixa claro que a aliança entre Sidney e Havlock permanece ativa, mesmo após todos os conflitos anteriores. Desde que entregou o Arquivo 6 a Sidney, Havlock mantém a posição de que a missão dela precisa ser concluída, ainda que isso signifique enfrentar a própria agência. Ele permanece em silêncio sobre a queda do avião e tenta não envolver Frank na disputa política que domina a temporada.
Para Frank, porém, o cenário é mais complexo. As mortes na sua jurisdição, o acidente aéreo e a destruição que acompanhou a passagem de Sidney fazem dele o responsável direto por capturá-la. Ele entende que Sidney age impulsionada por um ideal maior — expor a corrupção de Jacque e revelar o verdadeiro alcance do Protocolo Atwater —, mas isso não ameniza a responsabilidade que carrega como autoridade local.
Frank não trabalha contra Sidney, mas também não pode protegê-la a qualquer custo. A chegada de Jacque ao Alasca amplia essa tensão, já que o chefe de polícia é informado de que a diretora-adjunta está ali para eliminar a principal ameaça ao programa que controla. Frank, então, percebe que precisa encontrar Sidney antes de Jacque, não apenas para cumprir seu dever, mas para impedir que a CIA elimine sua prisioneira mais valiosa.
O plano de Sidney: por que ela se expõe?
Boa parte do episódio gira em torno dos movimentos calculados de Sidney. Ao ser reconhecida por uma senhora em uma farmácia, o espectador percebe que ela está conscientemente se deixando ver — algo que não condiz com suas habilidades. O encontro com Haroldo, funcionário do local, reforça essa suspeita: Sidney pede ajuda, sabendo que seus passos serão rapidamente interceptados por Jacque.
Ao mesmo tempo, a série mostra que Jacque não compreende totalmente o ambiente em que está operando. Sua visão limitada do Alasca faz com que subestime Frank e ignore a dinâmica local. Isso leva a diretora-adjunta a cometer erros parecidos com os de Sidney no início da temporada, acreditando que pode simplesmente impor autoridade federal sem resistência. Frank não hesita em expulsá-la de sua própria central de operações, consciente de que Jacque atua ali sem autorização judicial.

Sidney, por sua vez, busca um caminho seguro para realizar o upload do Arquivo 6. A menção ao Denali Star e ao acesso a uma rede segura como a SIPRnet indica que ela está seguindo um plano que exige aparecer em locais públicos para atrair não apenas Jacque, mas Frank e sua equipe. Ao embarcar no trem e ser vista pela polícia, Sidney estabelece o cenário ideal para a confrontação final.
Thiago e Havlock: a distração necessária
Enquanto Sidney avança em direção à Usina Hidrelétrica de Nenana, Havlock tenta garantir que ela tenha tempo suficiente para concluir sua missão. Após escapar do FBI usando uma laranja coberta de fuligem como falsa granada, o ex-agente une-se novamente a Thiago para uma última operação.
Thiago decide invadir a central de comando de Frank em um ato calculado: ele sabe que será preso, mas escolhe ganhar tempo para Sidney e Havlock. Com a arma obtida por Havlock, causa um breve tumulto para permitir a fuga do parceiro pela saída traseira. A ação deixa claro que Thiago entende o tamanho da conspiração e aceita o próprio destino para que a verdade seja revelada.
Havlock, por outro lado, demonstra compreender por que Sidney chegou a considerar sua morte como parte necessária da missão. A lealdade dele à causa é reforçada pelo episódio, que o posiciona como peça crucial para fechar o cerco contra Jacque no momento correto.

Final explicado do episódio 9 de A Última Fronteira
A armadilha de Sidney e o cerco à Jacque
No desfecho do episódio 9 de A Última Fronteira, Sidney chega à Usina Hidrelétrica de Nenana, exatamente como Jacque previa. A diretora-adjunta e sua equipe chegam antes, garantindo que Sidney tenha de enfrentar diretamente sua opositor. A cena, porém, não se configura como derrota: Sidney não demonstra pânico, reforçando que está exatamente onde planejava estar.
Tudo indica que Sidney se expôs de propósito para atrair Jacque a um ambiente controlado. É o tipo de tática que Frank começa a perceber ao reconstruir seus passos. Ele entende que ela está sendo seguida e que sua série de aparições públicas não é descuido, mas estratégia para reunir todos os envolvidos.
Quando Sidney finalmente confronta Jacque, a série deixa claro que o encontro faz parte de um plano maior. Havlock e Thiago já agiram para abrir espaço. Frank está a caminho, pressionado pelo ritmo acelerado da CIA e pela urgência de impedir um assassinato extrajudicial. O episódio indica que Sidney espera transformar o confronto em prova, expondo Jacque diante de uma autoridade capaz de investigar seus crimes.
O final de “Convergir” sugere que Sidney e Havlock encontraram, enfim, uma maneira de desestabilizar Jacque sem recorrer ao sacrifício em A Última Fronteira. Depois de tantos episódios marcados por perdas, traições e violência, o penúltimo capítulo aponta para um desfecho focado em desmascarar a diretora-adjunta usando sua própria perseguição como prova.