Segundo pesquisas realizadas na Austrália e Suécia as pessoas que pirateiam qualquer tipo de conteúdo são as que mais gastam com filmes, jogos, séries e músicas. Sendo assim a ideia de que quem compartilha conteúdo pela internet está prejudicando a indústria pode ser uma noção muito equivocada.
De acordo com a pesquisa australiana (pdf), “para cada tipo de conteúdo (música, filmes, séries e jogos), aqueles que consumiam uma mistura de conteúdo legal e ilegal gastaram mais dinheiro num período de três meses do que aqueles que consumiam apenas conteúdo legal”.
É provável que quem pirateia conteúdos onlines acaba tendo mais contato com cultura e assim também fica disposta a pagar mais por esses conteúdos. Os pesquisadores dizem que “Isso é comparável a dados de estudos de 2015 e sugere que aqueles que consomem 100% de seu conteúdo legalmente tentem a consumir menos conteúdo (e, portanto, gastar menos dinheiro) do que aqueles que consomem uma mistura de conteúdo legal e ilegal”.
Até mesmo aqueles que consomem somente conteúdo ilegal acabam contribuindo para a indústria porque essas pessoas vão mais a shows e a cinemas, segundo o TorrentFreak: “como a maioria dos gastos em música e filmes não veio de compra de conteúdo, mas de shows e idas ao cinema, aqueles que consumiram 100% de seu conteúdo ilegalmente ainda gastaram uma quantia considerável de dinheiro em música e filmes”.
Ainda segundo o estudo sueco (pdf), “Compartilhadores de arquivos anteriormente compravam pelo menos tantos CDs quanto aqueles que não compartilhavam, e hoje podemos ver que é mais comum que compartilhadores de arquivos se inscrevam em serviços de streaming de música e filmes, como o Spotify e a Netflix, que aqueles que não compartilham”.
Em outras palavras, quem baixa e compartilha conteúdo, também compra e assina conteúdo, até mais do que aqueles que são contra a “pirataria”.