Harley Quinn, a personagem que causou muita polêmica com a chegada de Esquadrão Suicida aos cinemas, completa nesse mês 25 anos de criação. Sua primeira aparição foi em 1992, onde ela faria apenas uma participação especial na animação Batman: A Série Animada, mas a aceitação do público foi tão grande que logo a personagem criada por Paul Dini e Bruce Timm migrou para as HQs e posteriormente, em 1999, entrou oficialmente para o Universo DC com a criação do quadrinho Batman: Harley Quinn.
O objetivo principal ao se criar a Arlequina foi inserir uma ajudante feminina e sexy para o Coringa, alguém que realmente não percebesse a loucura e falta de afeto do vilão e o ajudasse acima de tudo. O relacionamento que de desenvolve a partir disso, é obviamente abusivo e foi alvo de críticas quando Esquadrão Suicida foi lançado. Muitos não queriam que o romance fosse retratado da forma como é, mas não acho que romantizá-lo seja a atitude correta, pois essa é sua real história e há muita coisa interessante para se desenvolver a partir daí.
Uma delas é a amizade da personagem com a Hera Venenosa. Existem duas versões para explicar como elas se conheceram, mas no geral, podemos dizer que o crime as uniu. Hera é uma vilã, mas não deixa sua empatia de lado e está sempre incentivando que a amiga saia de seu relacionamento abusivo. Além disso, foi graças a Hera Venenosa que Harley pode desenvolver algumas habilidades como força, agilidade e resistência a grande parte das toxinas existentes ─ inclusive as usadas por Coringa.
Apesar de sua história estar totalmente atrelada ao Coringa, a partir de Os Novos 52, Arlequina foi mostrada de forma mais independente. Nessas HQs, ela é uma anti-heroína, justiceira e não criminosa. O sucesso foi tanto que lhe rendeu uma continuação no DC Rebirth com Harley Quinn Rebirth #1, que vendeu 400.000 cópias. Sim, a personagem já praticamente salvou a DC em questões econômicas e até cinematográficas. Apesar de não ter sido bem aceito pelos críticos, um dos pontos positivos do filme Esquadrão Suicida foi a personagem interpretada por Margot Robbie, com o toque louco e sensual que Arlequina precisava.
Nesses 25 anos, Arlequina prova que veio para ficar e que apesar de uma trajetória e origem polêmicas, tem sido inspiração e conquistado fãs por todo o mundo. O carisma diferente da vilã faz com que ela seja sucesso por onde passa, sejam animações, quadrinhos ou filmes. Fico extremamente feliz que cada vez mais personagens femininas estejam sendo destaque e garantindo o sucesso da DC, esse tipo de representatividade é muito importante para nós.
Para quem quiser conferir mais sobre a Arlequina, a Mundo Cosplay dessa semana, escrita pela fofa Thaís Jacaúna, mostra inspirações pra quem quer arriscar um cosplay da personagem (excelente opção para se jogar nesse viciante mundo nerd). Até a próxima!