Zona de Risco (Land of Bad, 2024), filme dirigido por William Eubank - Crítica Zona de Risco (Land of Bad, 2024), filme dirigido por William Eubank - Crítica

Zona de Risco (2024) | Crítica do Filme | Netflix

Atualmente disponível na Netflix, Zona de Risco (Land of Bad, 2024), dirigido por William Eubank e estrelado por Liam Hemsworth, Luke Hemsworth e Russell Crowe, acompanha uma missão militar que rapidamente se transforma em um cenário de sobrevivência. A trama segue uma equipe da Força Delta emboscada em território hostil, enquanto um operador de drones da Força Aérea tenta guiá-los durante um confronto que se estende por 48 horas. O filme combina ação tática, guerra contemporânea e decisões morais que moldam o destino de seus personagens. Confira a crítica:

A trama de Land of Bad (2024)

Desde os primeiros minutos, Eubank organiza um ritmo que privilegia o suspense. A narrativa apresenta o soldado Kinney (Liam Hemsworth), recém-chegado ao campo de batalha e lançado em uma situação extrema. A partir do momento em que a equipe sofre a emboscada, o longa passa a alternar momentos de perseguição terrestre com a visão aérea de Reaper (Russell Crowe), piloto de drones responsável por orientar cada movimento. Essa dualidade — o solo caótico e o céu estratégico — funciona como o eixo dramático do filme.

A dinâmica entre os dois personagens sustenta boa parte da força emocional da história. Kinney é retratado como alguém ainda em formação, lidando com o medo e com a necessidade urgente de desenvolver instintos de sobrevivência. Já Reaper se estabelece como uma figura experiente, cuja postura firme e analítica contrasta com o desespero do soldado no campo. Russell Crowe domina a tela sempre que aparece, conferindo ao personagem a gravidade necessária para que a narrativa aérea seja tão envolvente quanto as sequências de combate.

O filme aposta fortemente em ação direta. Há explosões, confrontos armados e perseguições filmadas com clareza, sem excessos de cortes ou efeitos que comprometam a compreensão das cenas. A montagem privilegia a tensão, aproveitando bem o tempo de preparo antes das maiores set pieces. Essa construção gradativa faz com que os momentos de maior intensidade tenham impacto visual e narrativo.

Outro ponto de destaque é a forma como o roteiro lida com a guerra tecnológica. A presença dos drones, a comunicação constante entre operadores e soldados e o contraste entre conforto remoto e risco físico reforçam um debate que já aparece em diversos filmes do gênero: quem carrega o peso das decisões quando a batalha é observada à distância? Ainda que o filme não aprofunde totalmente esse tema, ele estrutura bem o conflito emocional de Reaper, que acompanha cada passo do soldado sem poder intervir fisicamente.

Zona de Risco (Land of Bad, 2024), filme dirigido por William Eubank - Crítica

Crítica: vale à pena assistir Zona de Risco?

Mesmo com seu ritmo acelerado, Zona de Risco poderia reduzir alguns poucos minutos, principalmente no terço final, onde algumas sequências se repetem. Ainda assim, o longa mantém energia suficiente para não perder o espectador. A ação permanece constante, e a direção de Eubank demonstra atenção ao impacto de cada escolha dramática.

No conjunto, Zona de Risco se mostra uma produção eficiente dentro do gênero de guerra moderna, com boas performances e cenas de ação bem coreografadas. Para quem busca um thriller militar envolvente, o filme entrega intensidade e visão estratégica em igual medida.