O longa-metragem canadense Vivendo com o Assassino da Minha Mãe (Living With My Mother’s Killer), lançado em 2024 pelo canal Lifetime, aposta em uma narrativa de suspense que combina segredos familiares e revelações inesperadas. Dirigido por Lucie Guest e com roteiro de Hilty Bowen e Riley Scott, o filme apresenta uma trama voltada para o impacto de um crime antigo na vida de uma família e as consequências do passado no presente. Leia a crítica.
Enredo de Vivendo com o Assassino da Minha Mãe
A história acompanha Mara (Rhiannon Fish), que ainda lida com o trauma da morte da mãe, assassinada anos antes. O acusado pelo crime, Carson (Greyston Holt), foi condenado e passou anos na prisão. Após cumprir a pena, ele volta à cidade e aceita trabalhar na propriedade da família, o que gera tensão entre os moradores e desperta antigos conflitos.
Ao longo da narrativa, Mara tenta conciliar a busca por respostas com o desejo de seguir em frente. O filme constrói a relação entre os personagens a partir de memórias do passado, apresentando dúvidas sobre o que realmente aconteceu na noite do assassinato. Essa dinâmica conduz a história a um ponto central: nem tudo é o que parece, e as pistas podem levar a uma verdade diferente da que se acreditava.
A presença de Carson e os conflitos internos
A volta de Carson à vida de Mara representa o início de uma série de dilemas. A personagem decide perdoá-lo e lhe dar uma segunda chance, mas enfrenta resistência de pessoas próximas que não confiam nele. Esse conflito serve para tensionar a narrativa e estabelecer a dúvida sobre a inocência ou culpa do acusado.
O roteiro explora como a convivência forçada com alguém que supostamente cometeu um crime grave pode impactar as relações familiares. Ao mesmo tempo, Carson demonstra um comportamento que oscila entre a busca por redenção e a tentativa de proteger Mara de novas ameaças, o que intensifica o suspense.

O papel de Joy e as reviravoltas da trama do filme Lifetime
A personagem Joy (Leanne Lapp) tem papel crucial no desenvolvimento do filme. Inicialmente apresentada como alguém próxima à família, ela ganha destaque à medida que os acontecimentos se desenrolam. Com o avanço da investigação pessoal de Mara, surgem indícios de que o crime do passado pode não ter sido cometido por Carson.
O grande ponto de virada da narrativa ocorre quando é revelado que Joy foi responsável pela morte da mãe de Mara. O enredo detalha que ela utilizou um veneno derivado de sapo para eliminar a vítima, motivada por interesses pessoais relacionados à propriedade da família. Essa revelação muda completamente a compreensão dos eventos e redefine as relações entre os personagens.
Desfecho e consequências em Vivendo com o Assassino da Minha Mãe
Após a revelação sobre Joy, a história caminha para um confronto decisivo. Joy tenta manipular Mara por meio de intoxicações e chega a cometer outro assassinato durante o filme, o que aumenta a tensão nos momentos finais. No clímax, há um embate direto entre as duas personagens, que resulta na queda fatal de Joy.
O desfecho retoma a questão central da narrativa: a busca pela verdade em meio a versões conflitantes dos acontecimentos. Para Mara, o fim da ameaça representa também o início de uma reconstrução pessoal, marcada pela libertação do peso de acreditar em uma culpa equivocada.
Crítica: Vivendo com o Assassino da Minha Mãe é bom?
Vivendo com o Assassino da Minha Mãe segue a linha de produções do Lifetime, focando em histórias de crime familiar e segredos do passado. O filme utiliza elementos tradicionais do gênero, como suspeitas múltiplas, pistas falsas e viradas no terceiro ato. O desenvolvimento dos personagens sustenta a tensão ao longo da narrativa e constrói um ambiente em que as motivações individuais se tornam peças centrais para o avanço da trama.
O longa também dialoga com a temática do perdão e da percepção da verdade. Ao apresentar a perspectiva de Mara, o roteiro permite que o público compartilhe das mesmas dúvidas e descubra gradualmente os elementos que compõem o mistério. Essa abordagem mantém o ritmo do filme e evita que as revelações pareçam abruptas.