Uma Sexta-Feira Mais Louca Ainda (2025) - Crítica do Filme - Disney+ Uma Sexta-Feira Mais Louca Ainda (2025) - Crítica do Filme - Disney+

Uma Sexta-Feira Mais Louca Ainda (2025) | Crítica do Filme | Disney+

O retorno de Lindsay Lohan e Jamie Lee Curtis ao caos da troca de corpos

Depois de uma bem-sucedida passagem pelos cinemas, Uma Sexta-Feira Mais Louca Ainda chega ao Disney+ com a missão de revisitar um dos títulos mais emblemáticos da fase live-action da Disney. A sequência retoma os acontecimentos do filme de 2003 e estabelece uma nova dinâmica para a família Coleman, agora atravessada por novos conflitos, novas gerações e uma variação ampliada da clássica troca de corpos. Confira a crítica:

Uma Sexta-Feira Mais Louca Ainda

O filme, dirigido por Nisha Ganatra e escrito por Jordan Weiss, parte de um ponto de forte apelo para quem cresceu vendo Anna e Tess Coleman discutirem, se entenderem e, principalmente, navegarem por identidades trocadas. Agora, mais de vinte anos depois, Lindsay Lohan e Jamie Lee Curtis retornam como protagonistas de uma história que envolve quatro personagens trocando de corpos, ampliando a fórmula e trazendo novas possibilidades dramáticas e cômicas.

A narrativa acompanha Anna, hoje adulta, mãe de Harper e prestes a se casar com Eric, um chef londrino que chega a Los Angeles com sua filha Lily. O anúncio da mudança para Londres acende tensões entre as adolescentes, que temem perder o que conhecem como lar. Harper e Lily entram em conflito imediato, e essa oposição impulsiona o núcleo dramático da trama. As duas carregam inseguranças sobre seus futuros, e o filme utiliza esse embate para explorar questões familiares e geracionais.

O catalisador é uma vidente interpretada por Vanessa Bayer, cuja sessão espiritual precipita uma troca de corpos entre Anna, Harper, Tess e Lily. Esse recurso expande o caos e cria situações paralelas: uma avó no corpo de uma adolescente, uma garota britânica no corpo de uma terapeuta norte-americana, uma mãe no corpo da própria filha e uma adolescente no corpo da mãe. As duplas se fragmentam, criando linhas narrativas que se cruzam e se distanciam conforme cada uma tenta compreender a nova realidade.

Ganatra conduz a estrutura com ritmo ágil, ainda inspirado na lógica das comédias familiares do início dos anos 2000. Há inúmeras referências ao filme original, algumas diretas, outras sutis. Participações especiais de rostos conhecidos fortalecem o vínculo nostálgico e exploram memórias de quem cresceu com a primeira versão. O reencontro de Anna com Jake, personagem vivido por Chad Michael Murray, é um dos momentos que mais dialogam com esse passado.

Uma Sexta-Feira Mais Louca Ainda (2025) - Crítica do Filme - Disney+

O elenco mais jovem sustenta boa parte da energia do novo filme. Julia Butters e Sophia Hammons interpretam personagens atravessadas por inseguranças típicas da adolescência e carregam uma parcela importante da dinâmica emocional. Já Lohan e Curtis retomam a parceria de forma natural. Há domínio absoluto do tempo cômico, especialmente quando precisam performar a energia uma da outra ou reproduzir trejeitos que marcaram a versão de 2003.

O filme também explora a trajetória de Lohan de maneira indireta. Sua presença carrega camadas que vão além da personagem. Há uma leitura possível sobre maturidade, resiliência e reinvenção, mesmo sem que o roteiro trabalhe isso abertamente.

Crítica: vale à pena assistir Uma Sexta-Feira Mais Louca Ainda no Disney+?

Uma Sexta-Feira Mais Louca Ainda equilibra nostalgia e renovação. A estrutura, mesmo expandida, mantém o foco na dinâmica familiar e na necessidade de escuta entre gerações. Ao chegar ao Disney+, o filme se posiciona como uma continuação direta para quem assistiu ao original na juventude e como uma porta de entrada para novos espectadores, preservando o espírito que fez da franquia um marco cultural para diferentes públicos.