Exclusiva do catálogo Netflix, The OA é envolvente desde o começo
Com tantas opções do que assistir atualmente, nosso filtro pode e deve ficar mais apurado para não perdermos tempo com material de qualidade questionável. Há diversos meios para tanto como indicação de amigos, artigos de sites e comentários em redes sociais de séries no hype, além daquele clássico teste do primeiro episódio onde o capítulo inicial determina nossa simpatia com aquele programa. Em qualquer uma dessas hipóteses, The OA (série exclusiva do catálogo Netflix) merece seu devido destaque.
Em The OA acompanhamos Prairie Johnson, uma jovem cega que ressurge após sete anos desaparecida. Se essa situação já não fosse extraordinária o suficiente, a garota volta com a visão completamente restaurada. Às autoridades, ela afirma nunca ter saído de casa, enquanto seus pais tentam acomodá-la novamente em seu lar da melhor forma possível.
Muito da qualidade de The OA se dá por conta de Brit Marling. Em pouco mais do que o piloto assistido vemos a protagonista em diversas situações, seja desconfortável, confiante, apavorada ou até maquiavélica em alguns momentos. Tudo isso de forma muito orgânica, sem que o expectador torça o nariz em momento algum, mesmo frente a situações absurdas. Ademais, Marling também atua nos bastidores, tendo participado da criação e roteiro da série. Um presentão de natal para quem busca nomes de qualidade.
Há também nomes conhecidos no elenco, como Scott Wilson (The Walking Dead) interpretando o pai de Prairie, Abel Johnson. Jason Isaacs é outro a dar as caras, aparentemente num personagem bem mais interessante, mas também no estilo que todos amamos odiar (como costumas ser seus papéis, vide Harry Potter e O Patriota, por exemplo). Se destaca em meio a esses nomes o do irlandês Patrick Gibson, fazendo bem o estilo garoto problema vivendo Steve Winchell.
A narrativa de The OA é envolvente desde o começo, e alguns mistérios acrescentados não impedem o bom andamento da trama usando o conceito de EQM (Experiência de quase morte) e metafísica em geral. Vamos conferir futuramente num review se esses elementos funcionaram de forma plena.
Em tempos onde Stranger Things rouba quase toda a cena quando tratamos de suspense nas séries da Netflix, a chegada de The OA é muito bem vinda. É possível que não vejamos a mesma repercussão pela falta de apelo nostálgico (é difícil concorrer com nostalgia dos anos 80), Mas The OA merece nossa curiosidade ao menos para o piloto.