Existe um estilo de filme que gosto de classificar como “Filmes do SuperCine”. São histórias geralmente de suspense, que contém um leve teor sexual ou de relacionamento. Não quer dizer que são filmes ruins, mas é uma fórmula já bem conhecida.
Dormindo com o Inimigo é um “Filme de Supercine”. Nele, temos Julia Roberts casada com um marido abusivo que manda e bate nela. Não quero dar mais detalhes da trama, mas em alum momento ela faz algo para acabar com essa vida horrível que leva mas terá que arcar com as consequências.
É um enredo simples mas bem dirigido, com uma ótima direção principalmente nas cenas mais tensas, nos deixando na ponta da cadeira e roendo as unhas. Além disso, o longa tem uma bela fotografia, utilizando de uma iluminação brincando com diferentes cores e entregando alguns enquadramentos interessantes mostrando exatamente o que deve ser mostrado, muito bem colocado. O diretor está de parabéns também por passar muitas informações usando imagens e símbolos, não apostando para diálogos expositivos baratos.
Outro ponto forte é a atuação da jovem e bela Julia Roberts, mostrando uma mulher fragilizada mas que sabe se defender quando preciso, levando a outro ponto forte do filme: ele é empoderador, em momentos de desespero, a mocinha não fica dependendo que homens a salvem, fugindo de um clássico clichê.
Falando em clichê, esse é o ponto fraco da película. O filme começa lhe mostrando o que vai acontecer, mas acontece uma reviravolta até inovadora na metade, mas depois disso fica bem claro como vai terminar. Apesar disso é um ótimo e bem dirigido suspense com atuações bem pontuadas, ótimo para ver num sábado a noite…na hora do SuperCine.