Talamasca: a Ordem secreta Série de Anne Rice Crítica Talamasca: a Ordem secreta Série de Anne Rice Crítica

Talamasca: A Ordem Secreta (2025) | Crítica da Série | Netflix

Com o avanço do chamado “Universo Imortal” da AMC, a adaptação dos livros de Anne Rice chega à terceira produção televisiva com Talamasca: A Ordem Secreta, agora distribuída pela Netflix Brasil. Após o impacto de Entrevista com o Vampiro e As Bruxas de Mayfair, a nova série desloca o foco para a organização secreta responsável por vigiar vampiros, bruxas, demônios e espíritos. O resultado é um suspense que investiga seu próprio universo por meio de personagens que vivem nas sombras desses seres sobrenaturais. Confira a crítica:

A trama de Talamasca: A Ordem Secreta

Uma introdução guiada pelo mistério

O primeiro episódio inicia em Londres, quando uma agente da Talamasca é encurralada após roubar dados sigilosos. Percebendo que está sob o controle de Jasper (William Fichtner), figura enigmática que manipula seus movimentos, ela escolhe se sacrificar em vez de ser capturada pelos Imortais. O incidente chega rapidamente à sede da Talamasca em Nova York, onde Helen (Elizabeth McGovern), diretora da filial, comprende que sua agente estava perto de algo valioso — e perigoso.

A partir daí, a série desloca a atenção para Guy Anatole (Nicholas Denton), recém-formado em direito, que tenta uma vaga em um escritório renomado. Durante a entrevista, um impulso inexplicável o faz revelar detalhes traumáticos de sua infância, mostrando ao espectador que há algo incomum em suas habilidades. Esse episódio desperta a atenção de Helen, que decide abordá-lo e oferecer uma proposta inesperada.

O convite para entrar na Talamasca

Guy logo descobre que a Talamasca monitora seus poderes desde a infância, chegando a financiar seus estudos. O interesse da organização surge da crença de que suas habilidades telecinéticas podem ajudar nas investigações envolvendo Imortais. Em dúvida sobre a oferta, o jovem decide seguir Helen e acaba diante de Burton (Jason Schwartzman), um vampiro que desperta ainda mais perguntas sobre o papel da Talamasca e sobre o que Guy representa para essa estrutura.

A narrativa apresenta conexões diretas com outras produções do universo criado por Anne Rice. Em uma das sequências, Guy procura o jornalista Daniel Molloy (Eric Bogosian), autor de Entrevista com o Vampiro, buscando respostas sobre sua origem biológica. Esse encontro abre espaço para novas interpretações sobre sua trajetória.

Ritmo e construção do universo

Diferente das séries anteriores, Talamasca: A Ordem Secreta adota um desenvolvimento mais gradual, explorando o ponto de vista dos observadores — e não dos Imortais em si. Essa escolha cria um ambiente de constante tensão, mas também estabelece uma distância emocional entre o público e alguns personagens ainda pouco desvendados. Helen, Jasper e outros integrantes da sociedade secreta permanecem enigmáticos, reforçando o clima conspiratório que permeia a trama.

Talamasca: a Ordem secreta Série de Anne Rice Crítica

A construção de Guy, no entanto, se destaca. Desde a entrevista de emprego até seu retorno ao passado para visitar a mãe adotiva, o roteiro oferece informações suficientes para situar seu lugar no mundo e justificar sua vulnerabilidade diante do convite da Talamasca.

Crítica: vale à pena assistir Talamasca: A Ordem Secreta na Netflix?

Talamasca: A Ordem Secreta expande o universo de Anne Rice com uma nova perspectiva e aposta na investigação dos bastidores sobrenaturais. Ao final do episódio, Guy observa Helen pela janela da sede em Nova York, iniciando uma jornada que promete revelar mais sobre sua origem e sobre os segredos da ordem. A presença silenciosa, porém marcante, de Jasper deixa claro que há forças maiores em jogo — e que a Talamasca está apenas começando a mostrar seu verdadeiro propósito.