E se um dia você acordasse e a última coisa que estava segurando no sonho ainda está lá, na sua mão? Bom, é disso que se trata a recente aposta da Netflix, Super Me.
No filme chinês, que estreou no último dia 8, Sang Yu é um roteirista aterrorizado por um bloqueio criativo, causado pelos pesadelos que o impedem de dormir. Ao cair no sono, ele sempre é perseguido por um demônio azul que o mata sem piedade de diversas maneiras. Até que um dia, quando Sang Yu já não tem mais nada a perder, um senhor que vendia comida de rua o impede de pular de um prédio e o conforta sobre seus pesadelos, mostrando que eles são apenas isso, pesadelos.
Então, durante um deles, Sang Yu testa o ensinamento, e, quando acorda, a arma utilizada para matá-lo continua em suas mãos. Mesmo surpreso e aterrorizado, o roteirista decide vender a espada, e assim ele constrói seu pequeno império. Mas o que ele não sabe é que tudo o que ele faz, uma hora vai voltar.
A atuação e dualidade exigida do roteiro é feita de maneira exemplar pelo ator Darren Wang, que vive o roteirista Sang Yu. E o que deixa a trama ainda melhor é a direção de câmera. Os ângulos e as transições utilizadas no filme ajudam a mostrar toda a ação e todo o trajeto único dos personagens. Mas o final aberto para várias interpretações causou um certo desconforto para muitos.
Mesmo que no fundo o filme tenha aquela mesma história de falar sobre os pecados das pessoas, ainda assim, é criativo por mostrar com uma nova narrativa, como funciona a ganância e como os nossos demônios interiores podem vir à superfície e destruir tudo pelo o que lutamos, ou pode acabar atraindo a ganância e inveja de outros. Se você quer rir um pouco, e se descontrair, Super Me é uma boa escolha no catálogo do serviço.