Spartacus: House of Ashur - crítica da série do MGM+ Spartacus: House of Ashur - crítica da série do MGM+

Spartacus: House of Ashur (2025) | Crítica da Série | MGM+

Spartacus: House of Ashur, estreia do MGM+, marca o retorno oficial de uma das franquias mais populares da década de 2010. A série revive o universo de gladiadores criado por Steven S. DeKnight e aposta em uma linha temporal alternativa que recoloca Ashur — interpretado novamente por Nick E. Tarabay — no centro da narrativa. O personagem, que teve um destino trágico na série original, retorna agora em posição de poder, comandando o próprio ludus e enfrentando a política brutal da Roma Antiga. Confira a crítica da série:

A produção conta com DeKnight como showrunner e produtor executivo, mantendo o estilo que consagrou Spartacus: violência gráfica, erotismo e linguagem estilizada. Os episódios chegam semanalmente ao catálogo do MGM+, que também abriga todos os capítulos anteriores da franquia, como Blood and Sand, Gods of the Arena, Vengeance e War of the Damned.

Ashur no centro da trama e o retorno ao ludus

A nova série imagina que Ashur sobreviveu aos eventos da produção original. Logo no início, ele é apresentado como dominus da Casa de Ashur, em plena ascensão. Mesmo cercado de escravas e aprendizes, o personagem continua sendo impulsionado pela ambição. Seu objetivo é garantir espaço para seus gladiadores na arena de Cápua — tarefa que se torna mais difícil quando ele elimina um de seus guerreiros em um combate improvisado, colocando em risco as chances de disputar notoriedade entre os demais ludi.

Essa busca por relevância leva Ashur a negociar diretamente com figuras importantes da elite romana, como o general Crasso e representantes do senador Gabinius. É desse movimento político, mais do que da força física dos gladiadores, que a série extrai seu conflito central. O jogo de poder se intensifica com a chegada de Achillia, interpretada por Tenika Davis, uma gladiadora com potencial para transformar a reputação da Casa de Ashur e atrair a atenção da aristocracia local.

Estilo narrativo e herança da franquia Spartacus

A estética que marcou Spartacus retorna com força total: sangue abundante, mortes explícitas e nudez aparecem desde os primeiros minutos. A série também resgata a sintaxe característica dos diálogos, marcada por construções inspiradas no latim e reforçada por expressões fortes. Para quem já conhece a franquia, esse retorno é familiar; para novos espectadores, pode ser uma barreira.

O estilo funciona como parte essencial da identidade da produção. As lutas continuam coreografadas de maneira exagerada e gráfica, enquanto as tramas paralelas exploram traições, jogos de influência e alianças instáveis — elementos que sempre foram centrais na franquia.

Spartacus: House of Ashur - crítica da série do MGM+

Elenco e destaques na nova série

Além de Tarabay, o elenco conta com Graham McTavish como Korris, braço direito de Ashur, e Tenika Davis, cuja interpretação de Achillia se destaca mesmo em aparições rápidas. Jordi Webber também integra o núcleo central como Tarchon. Claudia Black aparece como Cossutia, personagem que movimenta a política local e promete ganhar relevância ao longo da temporada.

Crítica: Vale a pena assistir a série Spartacus: House of Ashur?

Spartacus: House of Ashur funciona como um retorno direto ao espírito da série original. A narrativa é simples, mas suficiente para sustentar o que o público da franquia procura: combates intensos, erotismo e intrigas. Para fãs de longa data, a experiência entrega exatamente o que se espera. Já novos espectadores podem estranhar a combinação de estilo visual, violência e linguagem, mas encontrar um universo consistente caso decidam avançar.

Com episódios semanais e um total de dez capítulos, a série se posiciona como uma continuação fiel ao legado de Spartacus, trazendo novos confrontos e reforçando o apelo do gênero de gladiadores.