Sequestrada-nos-Everglades (Abducted in the Everglades) - Crítica Lifetime Movies Sequestrada-nos-Everglades (Abducted in the Everglades) - Crítica Lifetime Movies

Sequestrada nos Everglades | Crítica | Lifetime

O filme Sequestrada nos Everglades (Abducted in the Everglades, 2025), lançado pelo canal Lifetime na faixa Lifetime Movies, acompanha a busca de Beverly, interpretada por Tori Spelling, por sua filha universitária Carli, desaparecida durante as férias de primavera em Miami. A trama tem início quando Carli e sua amiga Simone chegam à cidade e aceitam participar de uma festa com dois rapazes locais, Pete e Luke. Pouco tempo depois, Simone sofre uma convulsão e Carli desmaia, revelando que ambas foram drogadas. Simone é levada a um hospital em coma, enquanto Carli é sequestrada. Leia a nossa crítica:

Sequestrada nos Everglades segue padrão do suspense televisivo

A narrativa se desenvolve a partir da chegada de Beverly à Flórida. Determinada a encontrar a filha, ela começa a reunir informações e conta com a ajuda de Ray, um barqueiro que lhe oferece apoio logístico e emocional. O enredo alterna entre a investigação conduzida por Beverly e o cativeiro de Carli, criando uma estrutura de suspense contínuo. O filme utiliza elementos recorrentes do gênero de thrillers televisivos: envolvimento de conhecidos no crime, tentativas de encobrimento e reviravoltas nos relacionamentos entre os personagens.

Tori Spelling: protagonismo em papel de mãe em ação

A atuação de Tori Spelling como Beverly é central para o andamento do filme. A personagem demonstra iniciativa ao não aguardar passivamente a ação das autoridades e ao perseguir pistas por conta própria. Sua relação com Ray oferece contraponto emocional à jornada, e o roteiro fornece justificativas para a aproximação dos dois, incluindo o histórico trágico do personagem dele. A presença de Spelling na produção executiva também indica seu envolvimento direto nas decisões criativas da obra.

Desenvolvimento dos vilões

Os sequestradores, Pete e Luke, são apresentados como indivíduos inseguros e ressentidos, especialmente em relação a Carli. O filme atribui às suas ações motivações ligadas à frustração masculina e desejo de vingança simbólica. A presença de uma ex-relação entre Carli e Luke é utilizada como motor da escalada de violência. Pete, mais impulsivo, assume a liderança das ações criminosas, enquanto Luke demonstra hesitação crescente. Esse contraste entre os dois personagens permite que o roteiro explore gradualmente a deterioração da cumplicidade entre eles.

Ação se desloca para os Everglades em busca da resolução

Na segunda metade da narrativa, a localização da busca muda dos espaços urbanos para os Everglades, reforçando o isolamento e os perigos naturais como parte do obstáculo para o resgate. Beverly é levada por Pete em uma tentativa de despistá-la, mas é salva por Ray, e os dois seguem juntos para resgatar Carli. A jovem, por sua vez, consegue escapar parcialmente de seus sequestradores e atravessa o pântano em busca de ajuda. O clímax envolve perseguições em barcos pelos canais da região e um confronto físico entre Beverly e os agressores.

Encerramento reforça reconexão familiar e restauração de segurança

Ao final, os vilões são neutralizados. Pete sofre um acidente fatal e Luke é preso. Beverly consegue reencontrar Carli com vida, e as duas retornam à segurança. O roteiro encerra a história com uma cena de reencontro familiar e a sugestão de um possível novo vínculo amoroso entre Beverly e Ray, indicando um fechamento emocional para os personagens principais. A presença de Simone, sobrevivente do ataque inicial, também contribui para a resolução simbólica do trauma coletivo que atravessa a narrativa.

Sequestrada-nos-Everglades (Abducted in the Everglades) - Crítica Lifetime Movies

Abducted in the Everglades valoriza cenários reais da Flórida

O filme foi gravado em locações reais da Flórida, incluindo Miami e o Parque Nacional dos Everglades. A escolha por filmagens externas evita o uso de imagens de arquivo ou cenários genéricos, prática comum em produções do canal. O uso dessas paisagens naturais contribui para a ambientação e ajuda a estabelecer a sensação de risco e distância dos centros urbanos. A direção de Damián Romay organiza essas locações em uma estrutura visual clara, reforçando o contraste entre os diferentes espaços da narrativa.

Sequestrada nos Everglades é bom? Vale à pena assistir?

Abducted in the Everglades insere-se dentro da tradição de filmes da Lifetime com foco em mães determinadas, crimes cometidos por conhecidos e reviravoltas em relações interpessoais. Com estrutura linear e ritmo constante, o longa oferece elementos clássicos do suspense televisivo, apoiado em atuações funcionais e uso consistente dos espaços naturais. A produção reforça o arquétipo da mãe investigadora e apresenta um desfecho que privilegia a restauração do vínculo familiar.