A Netflix acaba de lançar Rute e Boaz (Ruth & Boaz, 2025), novo longa dirigido por Alanna Brown e produzido por Tyler Perry em parceria com DeVon Franklin. Inspirado livremente na narrativa bíblica de Rute, o filme transporta a história para o presente, explorando temas como fé, perdão, superação e a possibilidade de recomeçar. A trama mistura romance, drama e elementos de melodrama religioso, característicos da filmografia de Perry, dividindo opiniões entre os espectadores. Leia a nossa crítica:
A história de Ruth e sua jornada de fé
A protagonista, vivida por Serayah (conhecida pela série Empire), é uma aspirante a cantora de Atlanta que faz parte da dupla 404 ao lado da amiga Breana. Apesar das oportunidades oferecidas por um produtor musical, Ruth sente que seu caminho artístico não reflete sua verdadeira vocação. A decisão de abandonar a carreira traz consequências graves: seu namorado Marlon e o pai dele, Eli, morrem em uma tentativa de sequestro, revelada mais tarde como uma armação criminosa ligada ao mesmo produtor.
A tragédia une Ruth à sogra Naomi, interpretada por Phylicia Rashad. Mesmo com diferenças e desconfianças mútuas, as duas decidem deixar Atlanta e recomeçar em Pegram, Tennessee, onde Naomi ainda possui uma casa de família. A mudança marca o ponto de virada da narrativa, aproximando-as em meio a luto, fé abalada e a busca por renovação.
A chegada de Boaz e o romance central
No interior, Ruth começa a trabalhar em um vinhedo comandado por Bo Azra, interpretado por Tyler Lepley. Ex-executivo de Wall Street, ele herdou a propriedade do pai e dedica-se à produção de vinhos. O encontro entre Ruth e Boaz desencadeia o romance principal, uma relação que se constrói com lentidão, mas também com a promessa de cura emocional e espiritual para ambos.
A relação entre eles desperta a resistência inicial de Naomi, ainda em processo de luto, mas ao longo do filme a personagem aprende a enxergar Ruth como filha e apoia a união do casal. Essa transformação simboliza um dos principais arcos dramáticos do longa: a reconciliação com a fé e a reconstrução familiar.
O vilão Sy e os conflitos dramáticos
Enquanto Ruth tenta construir uma nova vida, o passado volta a persegui-la. Sy, o produtor musical vivido por James Lee Thomas, não aceita a saída da cantora da gravadora e passa a ameaçá-la. Em um dos pontos de maior tensão, ele chega a incendiar parte da vinícola de Boaz e invade a casa de Naomi, em uma tentativa de forçar Ruth a retornar a Atlanta. A trama ganha tons de thriller, mas o desfecho segue a lógica de redenção: Sy é preso e Ruth pode finalmente seguir em frente.
O final explicado de Rute e Boaz (Ruth & Boaz, 2025)
O filme encerra com a consolidação do romance entre Ruth e Boaz. Eles se casam, Naomi retoma sua fé e o vinhedo, antes em risco, ganha nova força com uma produção especial de vinhos batizada de “R&B”, homenagem ao casal. A mensagem final reforça que amor e fé caminham juntos, capazes de superar perdas e transformar destinos.
Entre críticas e elogios: vale à pena assistir Rute e Boaz (Ruth & Boaz, 2025) na Netflix?
Ruth & Boaz divide opiniões. Para alguns, a produção se apoia em clichês do melodrama religioso, com diálogos expositivos e soluções previsíveis. Para outros, o tom inspirador e a atualização de uma narrativa bíblica para os dias atuais oferecem uma experiência reconfortante, principalmente para o público que aprecia o cinema de fé.
Independentemente das críticas, o longa se consolida como mais um exemplo do espaço crescente que histórias baseadas em valores espirituais têm encontrado no catálogo da Netflix (assista agora).