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RPG Time: The Legend of Wright

Todos os dias, o mercado recebe novos jogos. Jogos incríveis, com orçamentos enormes. Jogos inovadores, puxando o limite dessa mídia interativa. Mas, poucas vezes eu vi sendo lançado um jogo tão sincero quanto RPG Time: The Legend of Wright. Durante o jogo, você é o colega de escola do pequeno Kenta, um garoto que sonha em ser um famoso game designer. Seu amor pela arte de fazer jogos o levou a construir um incrível jogo em seu caderno, todo feito à mão, chamado “The Legend of Wright“. Mais do que uma história de um cavaleiro lutando para salvar a princesa e seu reino, esse jogo é uma carta de amor sincera e serena sobre criar mundos e fazer jogos.

Crédito: divulgação

Logo que o Rei Demônio decide atacar a Terra da Luz, levando a princesa Lay consigo, um herói se faz necessário! Apenas o cavaleiro Wright pode enfrentar todos os desafios daquele mundo para salvá-la! Enquanto essa jornada acontece, ele conhece novos aliados, vence chefes perigosos e aumenta suas habilidades. Em suma, descrevendo desse jeito, parece que é o jogo mais clichê do mundo, né?

O segredo de RPG Time: The Legend of Wright

Mas o que realmente brilha é o nosso game designer mirim. RPG Time: The Legend of Wright é o jogo que ele fez com todo o carinho, desenhando cada fase e montando cada personagem. Ao invés de um RPG mais tradicional, o jogo é praticamente uma visual novel misturada com uma coletânea de minigames. Ao invés de um mundo supercoeso com uma lore de páginas, Kenta quer unicamente te divertir, então vale tudo. Beisebol, labirintos, jogos de tabuleiro, desafios de plataforma, puzzles de aventura… O garoto traz novas experiências a cada minuto, como se espera de uma criança feliz em colocar todas as suas ideias em prática.

Crédito: divulgação

Por causa de tudo isso, o estilo artístico do jogo é incrivelmente singular. Tudo acontece em uma carteira escolar, usando o caderno como tela principal. Se você ganha algum item, provavelmente ele é uma arte feita com coisas recicláveis, ou um origami. A própria “espada” de Wright durante os minigames principais de batalha é o próprio lápis de Kenta. É legal ainda ver como o contexto da sala de aula é incorporado no jogo, usando quedas de energia como parte da história, por exemplo. Seja como for, é muito engraçado jogar um videogame e pensar que quase tudo ali podia ter realmente sido feito por uma criança no mundo real. Se Esquadrão 51 parece um filme dos anos de 1930, RPG Time parece uma aula livre de educação artística.

Brincar é legal

Em resumo, RPG Time: The Legend of Wright é muito mais que só um jogo sobre um cavaleiro salvando o mundo. É sobre a imaginação de uma criança que tem um sonho e quer fazer ele virar realidade. É sobre ideias ganhando vida simplesmente por parecerem muito legais. É sobre pura e simplesmente… brincar. Pra mim, foi como ver o meu eu de 6 anos fazendo seus joguinhos com papel e caneta realizando seu sonho. Ser a pessoa que está ali pra ouvir e se divertir junto, sabe? Não há uma experiência de jogo mais sincera que essa. Não tem brincadeira mais legal. It’s always RPG Time!