Robin Hood (2025) - Crítica da série do MGM+ Robin Hood (2025) - Crítica da série do MGM+

Robin Hood (2025) | Crítica da Série | MGM+

A nova adaptação de Robin Hood, lançada pelo streaming MGM+, revisita uma das lendas mais populares da cultura britânica com uma abordagem que combina fidelidade histórica, densidade dramática e renovação de personagens. Criada por John Glenn e Jonathan English, a série conta com Sean Bean como o Xerife de Nottingham e Jack Patten no papel de Robert de Locksley, o jovem destinado a se tornar o lendário fora da lei. Confira a crítica do início da série:

A produção chega em um momento em que o MGM+ tenta ampliar sua presença no mercado internacional. A plataforma, conhecida por títulos como From e Rogue Heroes, aposta nesta releitura da lenda medieval para conquistar novos assinantes. E os primeiros sinais são promissores: Robin Hood estreou com 86% de aprovação no Rotten Tomatoes, recebendo elogios pela construção de personagens e pela ambientação convincente da Inglaterra do século XII.

Robin Hood

Uma nova leitura da velha lenda em 2025

A série reconta a história de Robert de Locksley, filho de um antigo senhor saxão (Tom Mison) que perdeu suas terras para os normandos após a conquista da Inglaterra. Criado em meio à pobreza e à tensão social, Rob cresce como arqueiro habilidoso e herdeiro involuntário de um conflito entre povos e classes. Essa perspectiva histórica — o embate entre saxões e normandos — dá à narrativa um pano de fundo político raro nas adaptações anteriores da lenda.

Em meio às disputas, Rob conhece Marian (Lauren McQueen), filha do conde de Huntingdon (Steven Waddington). O romance entre os dois é tratado de forma gradual e realista, antes de o protagonista ser empurrado para o caminho que o transformará em símbolo de resistência. O roteiro não se limita ao arquétipo do herói que rouba dos ricos para dar aos pobres, mas tenta entender o que faz de Robin Hood um ícone social e moral.

Realismo histórico e foco nos personagens

Ambientada durante o reinado de Henrique II, a trama equilibra ação, política e mitologia. O roteiro expande o universo da lenda ao desenvolver figuras como João Pequeno (Marcus Fraser), Frei Tuck (Angus Castle-Doughty) e Will Scarlet (Henry Rowley), que aqui ganham novas motivações e histórias pessoais. O Xerife de Nottingham, vivido por Sean Bean, também ganha uma construção mais complexa, deixando de ser apenas o vilão clássico para se tornar um homem dividido entre o dever e a família.

A série também se destaca pela atenção dada às personagens femininas. Além de Marian, há a mãe de Rob (Anastasia Griffith), marcada pela luta pela sobrevivência em uma sociedade desigual, e Priscilla (Lydia Peckham), filha do Xerife, escrita como uma jovem de ideias próprias em um ambiente dominado por homens. A Rainha Eleanor da Aquitânia (Connie Nielsen) adiciona um componente político à trama, mostrando como as mulheres da nobreza também participam dos jogos de poder.

Fatos e Curiosidades da nova adaptação de Robin Hood, com Sean Bean no elenco do MGM+

Recepção e impacto

A crítica internacional tem recebido Robin Hood com entusiasmo. O site Collider classificou a série como “o próximo grande sucesso do MGM+”, elogiando a combinação de drama histórico e renovação narrativa. Já o CBR destacou a capacidade da produção de manter os elementos tradicionais da lenda enquanto oferece uma nova perspectiva sobre o herói.

A única avaliação mais crítica veio do RogerEbert.com, que apontou uma falta de química entre alguns personagens e um ritmo por vezes comprometido pela ênfase na construção de mundo. Ainda assim, a média de 86% no Rotten Tomatoes coloca a produção bem acima das últimas versões cinematográficas da história — o filme de Ridley Scott (2010) teve apenas 43% de aprovação, e a adaptação estrelada por Taron Egerton (2018) amargou 14%.

Sean Bean e o novo rosto da lenda de Robin Hood

A presença de Sean Bean dá peso dramático à série, especialmente para os espectadores que o associam a papéis icônicos como Ned Stark, de Game of Thrones. Não à toa, Robin Hood tem sido comparada à produção da HBO, tanto pela ambientação medieval quanto pela densidade política. Ainda que não haja elementos de fantasia, a série aposta em um realismo histórico que reforça o conflito social e moral de sua época.

O protagonista Jack Patten, em seu primeiro papel de destaque, se mostra à altura da tarefa. Sua interpretação equilibra ingenuidade e determinação, compondo um herói em formação mais humano e menos idealizado.

Robin Hood (2025) - Crítica da série do MGM+

Crítica do início da série Robin Hood

Um novo caminho para o MGM+?

Mais do que apenas uma releitura de um mito conhecido, Robin Hood representa uma tentativa do MGM+ de consolidar-se entre os grandes serviços de streaming. Se conseguir manter o nível de qualidade e a recepção positiva da crítica, a série poderá colocar a plataforma em evidência e renovar o interesse por histórias clássicas contadas com rigor histórico e frescor dramático.

Com dez episódios em sua primeira temporada, Robin Hood estreia como uma das produções mais promissoras do catálogo do MGM+. Ao equilibrar fidelidade à tradição e atualização narrativa, a série reafirma que o lendário fora da lei de Sherwood ainda tem muito a dizer ao público contemporâneo. Assista ao episódio 1 da série do MGM+ clicando aqui.