Baseado em fatos reais com Murilo Rosa, Priscila Fantin, André Ramiro e Duda Nagle, Rio Heroes trata do submundo do vale-tudo
Estreia no próximo sábado, dia 24 de fevereiro no FOX Premium 2, a série Rio Heroes. Trata-se de uma co-produção entre FNG Brasil, Mixer Films e NBCUniversal. Os episódios também serão disponibilizados no aplicativo FOX, para assinantes FOX Premium, no dia seguinte de cada transmissão.
Baseada em fatos reais, “Rio Heroes” conta em seus cinco episódios de uma hora cada, a história de um campeonato clandestino de vale-tudo criado por Jorge Pereira (Murilo Rosa), ex-lutador e romântico da briga de rua, que quer resgatar a época em que se brigava de verdade, sem regras ou luvas. Violenta, a competição rende apostas em dinheiro, com lutadores do país dentro e fora dos ringues, na esperança de conquistar uma vida melhor.
Rio Heroes vale muito a pena ser assistido. Não que as produções nacionais tenham melhorado seus diálogos infantis e excessivamente didáticos (que aqui parecem ainda mais mal ensaiados ou escritos) ou as coreografias nas lutas estejam de cair o queixo (coisa que não alcança): Rio Heroes tem um potencial enorme para o humor.
Murilo Rosa entrega um personagem cabeça dura, orgulhoso e boçal de uma forma que faz você torcer para que ele se dê mal em todos os momentos na tela e, acredite, ele tem talento para tanto. Algumas tiradas mais originais e autênticas no texto foram passadas pelo próprio Jorge Pereira, consultor da série.
É exatamente isso que faz Rio Heroes tão engraçado. Ver um personagem que não consegue aprender nada para evoluir (tanto como pessoa quanto no roteiro do episódio) não traz muito vínculo de empatia com o espectador. No entanto, incomoda muito o nível básico do texto quando tentamos ver a série com mais seriedade. Todos os personagens que cercam Jorge (com rara exceção) possuem o propósito de explicar algo que poderia muito bem ser resolvido sem diálogos mecânicos.
Rio Heroes não consegue ir além de uma comédia galhofa. O gatilho é muito interessante, mas infelizmente transparece demais a falta de investimento por uma melhor qualidade na produção.